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Os repórteres Thiago Jock e Emílio Mansur viajam para o Peru com João Pavese, um brasileiro que está fazendo um documentário sobre os isolados. Ele trabalha há dez anos com grupos indígenas.
Cuzco é a primeira parada. De lá partem os turistas para várias regiões do país. Há dois anos, ONGs internacionais denunciam que guias levam turistas ilegalmente até as áreas dos índios isolados. Os passeios para as regiões onde vivem os isolados são como safáris humanos e são um risco para os índios, que não têm defesas para as nossas doenças.
O índio e sociólogo Hector Sueyo explica que os madeireiros apresentam maior risco aos povos isolados. Grandes áreas de mata virgem são derrubadas para a extração de madeira. Marcas da presença dos madeireiros estão por todo caminho, mas a principal delas é o assassinato de quatro líderes indígenas. O fato foi notícia em todo o mundo e aconteceu um dia antes da chegada de nossa equipe ao rio Madre de Dios.
A viagem até a região dos isolados leva sete dias de barco. A cada 12 horas de viagem, a equipe acampa na margem do rio. Durante uma dessas pausas, Hector conta que o primeiro contato de seu pai foi com missionários espanhóis, na década de 60. Os espanhóis sobrevoavam a área em pequenos aviões e jogavam ferramentas e doces para os índios. O contato da tribo com esse material contaminou boa parte deles com sarampo e varíola, matando mais da metade da tribo nos primeiros anos após o contato.
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