sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Malala dedica Nobel a crianças 'sem voz' e convida premiês para entrega

A jovem paquistanesa Malala posa para fotos ao lado de seu pai durante coletiva de imprensa, nesta sexta (10) em Birmingham, na Inglaterra, após receber o Nobel da Paz (Foto: REUTERS/Darren Staples)A jovem paquistanesa Malala posa para fotos ao lado de seu pai durante coletiva de imprensa, nesta sexta (10) em Birmingham, na Inglaterra, após ser anunciada como ganhadora do Nobel da Paz
(Foto: REUTERS/Darren Staples)
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A adolescente paquistanesa Malala Yousafzai, de 17 anos e que recebeu o Nobel da Paz nesta sexta-feira (10), declarou estar honrada por ser a primeira paquistanesa e a pessoa mais jovem a ganhar o prêmio e o dedicou às crianças que não têm voz.
Ela sobreviveu a uma tentativa de assassinato dos talibãs em 2012 por sua militância a favor da educação das meninas em sua região natal do noroeste do Paquistão.
Malala dividiu o prêmio com o indiano Kailash Satyarthi, que faz campanha contra o trabalho infantil e a organiza numerosas formas de protesto pacífico contra a exploração de crianças para ganho financeiro. A jovem foi premiada "por sua luta contra a supressão de crianças e jovens e pelo direito de todas as crianças à educação".
"Este prêmio é para todas as crianças que não têm voz, cujas vozes precisam ser ouvidas", disse a jovem Malala em uma coletiva de imprensa em Birmingham, onde ela estuda.
Kailash Satyarthi conversa com jornalistas em seu escritório em Nova Délhi, nesta sexta-feira (10), para comentar sobre seu Nobel da Paz (Foto: Bernat Armangue/AP)Kailash Satyarthi conversa com jornalistas em seu
escritório em Nova Délhi, nesta sexta-feira (10),
para comentar sobre seu Nobel da Paz
(Foto: Bernat Armangue/AP)
Malala também convidou os primeiros-ministros de Paquistão e Índia, dois países com relações tensas, a assistir à entrega do Nobel da Paz.
"Pedi para o honorário primeiro-ministro Narendra Modi e o honorável primeiro-ministro Nawaz Sharif se juntarem a nós" na cerimônia de entrega do prêmio, declarou.

A cerimônia será realizada em Oslo no dia 10 de dezembro.
Já o indiano Kailash Satyarthi dedicou o prêmio às crianças vítimas da escravidão, prometendo “unir as mãos” com a ativista paquistanesa, num momento em que Índia e Paquistão voltam a se enfrentar pelo território da Caxemira.

Premiada por diversas organizações recentemente – como o respeitado Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, do Parlamento Europeu –, Malala Yousafzai não conquistou sua notoriedade de maneira fácil. A jovem se tornou conhecida ao mundo ao sobreviver uma tentativa de assassinato dos talibãs em 2012 por sua militância a favor da educação das meninas em sua região natal do noroeste do Paquistão.

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