Além disso, o Papa
fez duras críticas ao sistema econômico mundial, ao atacar a "idolatria
ao dinheiro" e implorar aos políticos que garantam a todos os cidadãos
"trabalho, atendimento de saúde e educação dignos". Ele também pediu às
pessoas ricas que compartilhem sua riqueza.
"Do mesmo modo como o mandamento ‘Não matarás' estabelece um claro limite para salvaguardar o valor da vida humana, hoje nós também temos de dizer "Não deves" para uma economia de exclusão e desigualdade. Tal tipo de economia mata", escreveu Francisco no documento divulgado nesta terça-feira.
"Como pode ser que não seja assunto para notícia quando uma pessoa sem teto morre por abandono às intempéries, mas é notícia quando o mercado de ações perde 2 pontos?".
Francisco disse que está "aberto a sugestões" para transformar o poder sobre o papado. Ao defender uma reestrutução, Francisco disse que a instituição precisa ser transformada para criar uma igreja mais missionária e misericordiosa, que "suje as mãos" enquanto busca aos pobres e oprimidos.
Ainda no texto, Francisco redefiniu a posição da Igreja contrária ao aborto, deixando claro que esta se tratava de uma doutrina inegociável e que estaria no centro da insistência da Igreja sobre a dignidade de cada ser humano.
O documento é o segundo documento emitido por Francisco, mas é o primeiro totalmente escrito por ele. A encíclica "A Luz da Fé", divulgada em julho, foi escrito quase inteiramente pelo papa emérito Bento XVI , antes de sua renúncia.
*com BBC e Reuters
"Do mesmo modo como o mandamento ‘Não matarás' estabelece um claro limite para salvaguardar o valor da vida humana, hoje nós também temos de dizer "Não deves" para uma economia de exclusão e desigualdade. Tal tipo de economia mata", escreveu Francisco no documento divulgado nesta terça-feira.
"Como pode ser que não seja assunto para notícia quando uma pessoa sem teto morre por abandono às intempéries, mas é notícia quando o mercado de ações perde 2 pontos?".
Francisco disse que está "aberto a sugestões" para transformar o poder sobre o papado. Ao defender uma reestrutução, Francisco disse que a instituição precisa ser transformada para criar uma igreja mais missionária e misericordiosa, que "suje as mãos" enquanto busca aos pobres e oprimidos.
"Eu prefiro uma Igreja que esteja
machucada, ferida e suja porque tem saído às ruas do que uma Igreja
doente por estar confinada e se agarrar à própria segurança", escreveu.
No documento, o papa redigiu as prioridades da Igreja após oito meses de
homilías, discursos e entrevistas.
Francisco criticou ainda a "obsessão" da
Igreja em transmitir uma série doutrinas morais, quando a "hierarquia
da verdade" é composta pela misericórdia profunda e moderação. Para ele,
esses seriam os pontos que atraem os fieis à vida religiosa.
O pontífice continuou as críticas
dizendo que se alguns "costumes históricos" poderiam ser colocados de
lado se eles não servirem mais para comunicar a fé. Citando São
Agostinho e São Tomás de Aquino, o pontícife ressaltou a necessidade de
moderação nas normas para "não sobrecarregar a vida dos fiéis"Ainda no texto, Francisco redefiniu a posição da Igreja contrária ao aborto, deixando claro que esta se tratava de uma doutrina inegociável e que estaria no centro da insistência da Igreja sobre a dignidade de cada ser humano.
O documento é o segundo documento emitido por Francisco, mas é o primeiro totalmente escrito por ele. A encíclica "A Luz da Fé", divulgada em julho, foi escrito quase inteiramente pelo papa emérito Bento XVI , antes de sua renúncia.
*com BBC e Reuters
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