A defesa da prefeita de Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do
Norte, vai protocolar nesta segunda-feira (2) o recurso no processo em
que a prefeita Cláudia Regina (DEM), eleita em 2012, teve o mandato
cassado pela 10ª vez.
A condenação, desta vez por suposto caixa dois, aconteceu na última
sexta-feira (29) em decisão da juíza titular da 34ª Zona Eleitoral de
Mossoró, Ana Clarisse Arruda Pereira. Cláudia Regina responderá ao
processo ainda no cargo.
Das condenações, a prefeita chegou a ser afastada em três ocasiões, nas
quais a prefeitura foi ocupada pelo presidente da Câmara Municipal. De
acordo com o advogado de Cláudia Regina, Sanderson Mafra, ela é inocente
em todas as acusações.
"Na verdade, essas condenações só reproduzem os mesmos fatos. Daí o volume de cassações ser elevado", informa o advogado.
Mafra acrescenta que, nos casos em que Regina foi afastada do cargo, o retorno foi rápido.
"O TRE já tem o entendimento de que não deve haver afastamento. O
próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu algumas decisões dos
tribunais regionais", explica.
Em novembro, a prefeita de Mossoró chegou a ser afastada juntamente com
o vice-prefeito, Wellington Filho (PMDB). Cláudia Regina foi apontada
como responsável por práticas de abuso de poder político e econômico,
além de compra de votos na cidade. Ela voltou à prefeitura por força de
uma medida liminar.
Em outubro, a prefeita e o vice foram afastados da prefeitura em outra
decisão da juíza da 34ª Zona Eleitoral. Foram levados em conta no
processo gastos irregulares, entre os quais é citado o fato de a
governadora Rosalba Ciarlini ter usado o avião do Executivo Estadual na
campanha de Cláudia Regina. Apenas no último mês de campanha, a
governadora teria desembarcado 56 vezes com o avião do governo em
Mossoró. Nessa vez, a prefeita também voltou ao cargo com uma liminar.
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