Deputado ainda gastou mais de R$ 10 mil em restaurantes “finos” do Rio Grande do Norte e da capital federal
Para quem acha que é muito o salário de
um deputado federal, que recebe R$ 27 mil por mês, sabia que alguns
deles representam uma despesa ainda maior para a Câmara dos Deputados,
em Brasília, pela utilização da cota indenizatória. E Paulo Wagner, do
PV, é um exemplo disso. O parlamentar, além dos 13 salários que recebeu
durante o ano, se destacou como o deputado da bancada potiguar que mais
consumiu a tal cota indenizatória, chegando ao final de dezembro com um
montante de R$ 376 mil gastos em restaurantes finos, aluguel de
veículos, passagens de avião e, até, serviços postais.
As informações estão no espaço da
“transparência”, da Câmara dos Deputados. Dividido por mês, é o mesmo
que dizer que Paulo Wagner recebeu R$ 27 mil de salário, mas gastou
outros R$ 31,3 mil do Poder Legislativo Federal com suas despesas
corriqueiras. Ou melhor, com as despesas “do mandato”. Afinal, faz parte
da “despesa do exercício parlamentar” refeições no Pinga Fogo, Coco
Bambu (Brasília), Sal e Brasa, Tabua de Carne, Cassol, Espeto de Ouro,
Fogo e Chama, Capital Steakhouse, La Tavola e Nemo Alimentos, onde Paulo
Wagner já gastou mais de R$ 10 mil só este ano.
É importante ressaltar que, apesar de
chamar atenção pelo estilo do gasto, com comida, esse não foi, nem de
longe, a principal despesa de Paulo Wagner. Mensalmente, por exemplo, o
parlamentar do PV gastou mais de R$ 8 mil com “locação de veículos
automotores ou fretamento de embarcações”. Com a divulgação, a despesa
pública foi ainda maior: por mês, pelo menos, R$ 10 mil de gasto. Em
setembro, o parlamentar chegou a gastar R$ 22,6 mil (ou seja, quase o
próprio salário) de dinheiro público na divulgação do mandato.
Para se ter uma ideia do quanto isso
significa, no mesmo mês de setembro, o presidente da Câmara, Henrique
Eduardo Alves (PMDB) gastou R$ 15,1 mil em cota indenizatória, somando
todos os tipos de despesa que teve. O parlamentar foi um dos mais
“econômicos” em 2013.
Por Ciro Marques/Portal no Ar
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