Com
as sete mortes ocorridas ontem e uma no início da manhã de hoje, o Rio
Grande do Norte já contabiliza 17 execuções em pouco mais de 48h após o
início deste ano. A última morte aconteceu por volta das 7h de hoje,
quando um comerciante de 53 anos foi baleado e morto em frente a uma
residência no bairro de Felipe Camarão, zona Oeste de Natal. A Polícia
Militar descartou a possibilidade de latrocínio, ou seja, roubo seguido
de morte, já que os criminosos não levaram nada da vítima.
Conforme o oficial de operações do 9º Batalhão da PM, tenente
Abdenego Dias, o comerciante Erivan Silva dos Santos ia para o trabalho
quando foi surpreendido por quatro homens encapuzados e armados, que o
abordaram e, sem discussão, passaram a atirar contra ele. Depois, os
criminosos fugiram em um veículo Pálio branco, abandonando o homem
agonizando.
Pessoas que presenciaram o crime ficaram assustadas com a violência
do ataque, que concentrou os disparos na cabeça da vítima, e comunicaram
o fato à Polícia Militar. No entanto, Erivan não resistiu e morreu no
local. O clima no local, segundo o tenente, era de surpresa. “As pessoas
disseram que ele era conhecido na região e que não tinha inimigos”,
afirmou.
Quanto ao motivo do crime, os policiais descartaram a possibilidade
de latrocínio e suspeitam de uma execução, já que a motocicleta usada
por Erivan, e que estava ao lado do corpo, não foi levada pelos
criminosos.
Além disso, conforme informações policiais, a vítima teria perdido um
filho no início do ano passado, também assassinado a tiros.
Já ontem à noite, o ex-presidiário Wesley Nascimento de França foi
executado com vários tiros quando se encaminhava para a casa da
namorada, na comunidade do Detran, no bairro de Cidade da Esperança,
zona Oeste de Natal. A vítima, que tinha 19 anos e era conhecida pelo
apelido de “Hominho”, foi perseguido por homens armados e, ao chegar na
Travessa Pinheiro, foi alcançado e morto.
Familiares da vítima compareceram ao local do crime e confirmaram aos
policiais militares do 9º BPM, que atenderam a ocorrência, que Wesley
tinha saído recentemente da prisão, onde cumpria pena por assalto a mão
armada. Apesar de não saberem informar o que poderia ter motivado a
execução do rapaz, eles disseram que não acreditavam que o passado
criminoso da vítima tivesse alguma relação com a execução.
Testemunhas ainda chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(Samu), que prestou os primeiros socorros à vítima, mas ele não
resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu antes de ser encaminhado
para um hospital.
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