Operários paralisam obras da avenida Capitão Mor Gouveia

As obras de readequação do sistema viário e execução do corredor de ônibus da avenida Capitão Mor Gouveia, que vai interligar o trânsito de veículos e o sistema de transporte coletivo entre as Zonas Sul e Norte de Natal, estão paralisadas desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (25), porque os operários reclamam da forma de pagamento dos salários por parte da empreiteira EIT Construções Ltda.

O operário João Batista da Silva disse que a direção do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil do Rio Grande Norte esteve no canteiro de obras atendendo uma denúncia dos operários, que estão recebendo os salários uma vez por mês e depois de passado o quinto dia útil para o pagamento da folha, quando o acordo é  para que isso seja feito nos dias 20 e 5 de cada mês. "Pra gente que paga aluguel fica mais complicado", afirmou João Batista Silva, que reside em Canguaretama e passa a semana trabalhando em Natal.

Adriano AbreuNa manhã desta terça-feira, materiais e equipamentos estavam parados no local das obras

Um encarregado do canteiro de obras que não quis se identificar, informou que a paralisação não se deve apenas à reivindicação dos trabalhadores em relação a data de pagamento salarial, mas também sobre adequações das condições de trabalhos dos operários.

O secretário municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi), engenheiro Tomaz Pereira de Araújo Neto, foi surpreendido com a paralisação das obras de readequação viária. Segundo ele, o fato será comunicado ao prefeito Carlos Eduardo Alves, a fim de que sejam tomadas providências junto ao escritório regional da EIT Construções Ltda para que as atividades sejam retomadas.

Tomaz Neto informou que a prefeitura já havia feito gestão à direção da EIT, a fim de que o ritmo das obras fosse acelerado: "As obras evoluíram bem em fevereiro, isso efetivamente ocorreu, apesar de ser um mês mais curto". Segundo o secretário, já foram concluídas 38% das obras, mas o cronograma continua atrasado.

Ele informou que a prefeitura vai reivindicar que a empresa crie três turnos e uma jornada de trabalho de 24 horas para que a execução seja concluída em maio, antes do início da Copa do Mundo.