Modelo é mantida presa por trabalhar sem visto na China
Camboriú, Santa Catarina. A
modelo gaúcha Amanda Griza, 19, esta presa desde o dia 8 de maio na
China por trabalhar ilegalmente no país. Ela é a única brasileira em um
grupo de 60 modelos internacionais detidas, após participarem de um
falso teste montado pela polícia em Pequim.
A
polícia chinesa simulou uma seleção de modelos, reuniu candidatas em um
prédio e realizou as prisões. Foram detidas cerca de 60 modelos de
países da América e da Europa, que estavam com a documentação irregular.
O trabalho faria parte de uma ofensiva que acontece na China contra
trabalhadores ilegais.
A
jovem gaúcha viajou para Pequim com visto de negócios, porém, para
atuar como modelo seria necessário outro tipo de documento, com a
liberação mais demorada, fato que só foi repassado à família depois da
prisão.
As informações iniciais indicavam que a garota ficaria até 72 horas detida, com possibilidade de ser deportada.
A
demora na obtenção de notícias afligiu os pais de Amanda, o casal de
empresários Edson e Helena Griza, proprietários de um salão de beleza em
Camboriú, Santa Catarina, que garantem que não sabiam da
irregularidade. “A vítima da história é minha filha”, lamenta Edson, ao
G1. “No consulado de São Paulo, ela preencheu papéis dizendo que
entraria na China para trabalhar como modelo. Nunca se imaginou que isso
poderia acontecer”, completou Edson Griza.
O
Itamaraty disse que tem conhecimento do fato. Segundo a assessoria de
imprensa, a embaixada em Pequim acompanha o caso e está em contato tanto
com familiares como com autoridades locais.
Amanda
atua como modelo desde os 11 anos de idade. Em uma viagem ao México ela
conheceu um brasileiro que intermediou um contato com a agência de
modelos M1, responsável pela viagem à China. Segundo Edson Griza a
notícia mais recente da filha veio na última quarta-feira e amenizou o
sofrimento. A vice-cônsul brasileira na China é quem está mantendo os
pais da modelo informados sobre a situação da jovem presa. A
representante brasileira na China contou que seria instaurado um
processo que pode se estender por 30 dias. Agora, a principal
preocupação do pai está relacionada à questão política da China.
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