A
Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) prepara um evento político
para 17 dias antes do início da campanha eleitoral na TV. Seus
dirigentes querem reunir a presidente Dilma Rousseff (PT), os 27
governadores, o prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), os ministros
do Supremo Tribunal Federal e o presidente do Congresso, senador Renan
Calheiros (PMDB) para inaugurar um de seus mais importantes projetos
religiosos: o Templo de Salomão, instalado no Brás, na região central de
São Paulo.
O Palácio do Planalto confirmou ontem
que Dilma prevê comparecer à abertura do templo – o governador Geraldo
Alckmin (PSDB) e o prefeito Haddad ainda não confirmaram presença,
segundo suas assessorias. Com forte presença entre os dirigentes do
Partido Republicano Brasileiro (PRB), a Iurd informou que somente o
fundador e líder da igreja, o bispo Edir Macedo, vai se pronunciar
durante o evento.
O PRB faz parte da base aliada a Dilma e
participa do primeiro escalão do governo – ocupa o Ministério da Pesca.
Em São Paulo, o partido faz parte da base de sustentação do governador
Alckmin e deve apoiar a reeleição do tucano. A sigla ocupa a Secretaria
do Desenvolvimento Social do governo Alckmin. No Congresso, o partido
elegeu em 2010 um senador – Marcelo Crivella (RJ) – e possui uma bancada
de 10 deputados federais.
Além de reunir os representantes dos
três Poderes da República, a Iurd quer levar para os 10 mil lugares do
Templo de Salomão lideranças da sociedade civil e do empresariado e
cerca de 60 delegações estrangeiras – a mais aguardada é a de Israel,
País com o qual a igreja procura manter laços estreitos.
O evento será reservado somente para
convidados da igreja e não será o único para marcar a abertura da obra, a
maior feita pela Iurd em São Paulo. A festa de abertura deve durar 20
dias – o evento com os políticos deve ocorrer no dia 31 de julho, após o
término da Copa do Mundo. Por enquanto, o templo está cercado por
tapumes, ao longo dos quais os fiéis da igreja começaram a rezar.
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