A greve dos rodoviários chega hoje ao 12º dia de paralisação, mas ainda sem acordo. Para diminuir os prejuízos, a Prefeitura de Natal sinaliza com um possível reajuste da tarifa, que deve ser definido até 15 de julho. A Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) vai entregar, até lá, um estudo sobre a viabilidade econômica do transporte público da cidade, que abrirá – ou não – margem para uma nova tarifa. Em reunião ontem, o prefeito Carlos Eduardo Alves chegou a mencionar um aumento de R$0,10 centavos no valor atual.
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Hoje, uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho dará um novo rumo à greve: às 8h30, o pleno julgará o dissídio coletivo dos rodoviários, impetrado pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos (Seturn). O processo tem como relator o desembargador Eridson Medeiros. No julgamento, ficará decidido qual valor de reajuste deverá ser repassado pelas empresas aos rodoviários. A expectativa do Sindicato dos Profissionais de Transporte Rodoviário (Sintro/RN) é que os desembargadores mantenham o valor sugerido na última reunião, no dia 18: reajuste de 7,32% e vale-refeição de R$450. A proposta não fora aceita pelas empresas de transporte.
Em greve desde 12 de junho, o Sintro solicita reajuste de 16% do salário e vale alimentação de R$400.O Seturn, porém, acusa a Prefeitura de manter a tarifa congelada desde 2011, o que impossibilitaria o cumprimento da última convenção coletiva dos rodoviários. Para verificar o argumento dos patrões, o Sintro exige da Prefeitura as tabelas atualizadas sobre os custos (e os lucros) do transporte coletivo.
“Esperamos que o dissídio seja decidido hoje. A população e a Prefeitura já estão sendo prejudicadas pela greve”, desabafou o prefeito Carlos Eduardo. Um levantamento está sendo feito para identificar a necessidade de um aumento. Os R$0,10 são uma especulação nossa, mas é claro que isso ainda vai ser debatido”, acrescentou.
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