Um
médico cubano de 45 anos suspeito de abusar sexualmente de quatro
pacientes grávidas em um posto de saúde de Luziânia, cidade goiana do
Entorno do Distrito Federal, foi indiciado por "violação sexual mediante
fraude". Para a delegada responsável pelo caso, Dilamar de Castro, o
homem, que atuava como clínico geral pelo programa do governo federal
Mais Médicos, aproveitou-se de sua condição profissional para cometer os
crimes. "A violação mediante fraude é um crime em que o autor se
utiliza de um artifício que não seja violência ou ameaça, mas, sim, a
confiança, a relação que estabelece com a vítima. Valendo-se dessa
relação, ele praticava os abusos sexuais", disse.
O médico foi interrogado duas vezes. Na primeira ocasião, negou ter
cometido os abusos e afirmou que os procedimentos feitos durante as
consultas ginecológicas eram normais. Segundo a delegada, ele disse
ainda que faltava material no posto de saúde.
Já no segundo interrogatório, o cubano declarou que não se lembrava de
detalhes das consultas e negou ter dito que faltava material médico na
unidade em que trabalhava. "Ele trouxe na primeira declaração
informações que foram verificadas por testemunhas. Fomos até o posto
onde ele atendia, verificamos as condições, que não condiziam com o
depoimento dele, e aqui ele não teve como explicar aquela justificativa
inicial", disse a delegada.
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