A Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi) recebeu ontem, dia 25, os projetos de drenagem e nova escadaria para a área destruída pelas chuvas e deslizamentos de terra no bairro Mãe Luíza. Até a próxima segunda-feira, dia 30, o titular da secretaria, Tomaz Neto, espera receber mais três projetos e as planilhas de custos do conjunto de obras para solicitar verba junto ao Governo Federal. Também ontem, operários começaram a construção de um muro com sacos de areia para evitar o processo erosivo na cratera aberta há quase duas semanas.
Magnus NascimentoSemopi está erguendo, no meio da cratera, um muro de contenção formado por sacos de areia para evitar a erosão da área afetada
Os projetos prometem mudar a ocupação urbana em Areia Preta e Mãe Luíza. A intervenção arquitetônico de maior porte está relacionada a construção de uma escadaria no lugar onde hoje existe a cratera. A TRIBUNA DO NORTE teve acesso, com exclusividade, às plantas dos projetos. Com relação à escadaria, a proposta, inclusive, já tem nome. A “Ladeira da Guanabara” terá largura de 30 metros, comprimento de 78 metros e desnível ascendente, a partir da avenida Sílvio Pedroza, de 24 metros.
Segundo o titular da Semopi, Tomaz Neto, o projeto foi concebido – de forma gratuita – pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). O novo equipamento público foi projetado para ter acesso largo, sem barreiras arquitetônicas. Na definição dos projetistas, a “Ladeira da Guanabara” será “uma porta do bairro para o mar, do mar para o bairro”.
A ladeira terá rampa de acessibilidade com declividade suficiente para uso de cadeirantes. O projeto prevê ainda a construção de um posto policial e parada de ônibus na avenida Sílvio Pedroza. A ladeira será construída no espaço entre os edifícios Aldebaran e Infinity. O local foi decretado como área “non edificand”.
Além do projeto da ladeira, a Semopi recebeu os documentos relacionados à obra de drenagem de toda a região que compreende os bairros Mãe Luíza e Areia Preta. O projeto é assinado pela empresa LR Engenharia e Consultoria LTDA. e corresponde a uma bacia de 18,5 hectares. O projeto prevê que o sistema de drenagem será construído em concreto armado, o que eliminaria, segundo engenheiros ouvidos pela reportagem, problemas de vazamentos e rachaduras nas estruturas que hoje são construídas de cimento.
Além dos dois projetos que já estão na mesa do secretário, a Semopi espera receber outros três documentos antes de ir em busca dos recursos em Brasília. Faltam os projetos das seguintes intervenções: cortina atirantada, pavimentação da rua Guanabara e reconstrução das casas destruídas.
“Até segunda-feira, vamos receber esses três projetos. Além disso, serão entregues as planilhas com os custos previstos para todas as obras. Com os documentos em mão, vou à Brasília”, explicou Tomaz Neto. A viagem à capital federal está programada para a próxima terça-feira, dia 1º de julho.
O secretário estima que o conjunto de obras será finalizado no prazo total de dez meses. “Nesse prazo, vamos construir a escadaria, drenagem e reconstruir as casas”, contou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário