São Paulo (AE) - Pela primeira vez, a Organização Mundial da
Saúde (OMS) divulgou diretriz recomendando que homens homossexuais
tomem medicamentos antirretrovirais como forma adicional de prevenção
contra o vírus HIV, além do uso do preservativo. Divulgado na
sexta-feira, o informe afirma que “as taxas de infecção por HIV entre
homens que fazem sexo com homens continuam altas em quase todos os
lugares do mundo e novas opções de prevenção são necessárias com
urgência”.
A chamada profilaxia pré-exposição (PrEP) consiste no uso diário e contínuo de uma pílula que combina dois tipos de antirretrovirais e é indicada para a população não infectada, mas que tem maior risco de contágio. Ao serem utilizados, os medicamentos diminuem até 92% o risco de o vírus entrar nas células. Segundo a OMS, caso fosse adotada, a PrEP diminuiria em até 25% a incidência global de HIV entre gays, evitando um milhão de novos casos entre essa população no período de dez anos.De acordo com a agência, estudos mostram que homens que fazem sexo com homens têm 19 vezes mais risco de serem infectados pelo vírus do que a população em geral. O risco também é superior para profissionais do sexo (14 vezes), usuários de drogas injetáveis e transgêneros (50 vezes).
Primeira-secretária da Sociedade Brasileira de Infectologia, a médica Mônica Jacques de Moraes apoia a recomendação da OMS como opção adicional de prevenção, mas defende que a PrEP não seja indicada para todos os homossexuais. “É indicado para quem tem comportamento de risco e que esteja disposto a aderir ao tratamento e tomar o medicamento diariamente para o resto da vida”, diz a especialista.
Ela ressalta ainda que é necessário informar os interessados em utilizar a opção sobre os possíveis efeitos colaterais que os medicamentos podem causar. Embora não tenha a mesma combinação de remédios do tratamento administrado para os soropositivos, a PrEP reúne antirretrovirais que podem afetar a função renal e a formação dos ossos, por exemplo. Outra preocupação de médicos e ativistas da área é de que a oferta da PrEP leve a um descuido com o uso do preservativo.
A médica explica que o medicamento mais conhecido usado como PrEP é o que combina os componentes tenofovir e emtricitabina. Embora o produto já seja aprovado para fins de prevenção nos Estados Unidos, ele ainda é tema de estudos científicos no Brasil e não tem registro oficial junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde informou que a inclusão da PrEP no Sistema Único de Saúde (SUS) “está sendo avaliada por meio de duas pesquisas de campo”. De acordo com a pasta, os estudos vão acompanhar a oferta de medicamentos antirretrovirais a um grupo de 1,3 mil pessoas que não são portadoras de HIV, mas que apresentam riscos elevados de infecção. A estimativa é que os primeiros resultados das pesquisas e da possível oferta da PrEP sejam apresentados no ano que vem.
Segundo o ministério, 350 mil brasileiros infectados pelo HIV recebem antirretrovirais pelo SUS atualmente. A pasta afirmou ainda que, até o fim deste ano, serão investidos R$ 178 milhões em ações de vigilância, prevenção e controle de aids, outras DSTs e hepatites virais. Os primeiros diagnósticos da doença surgiram nos Estados Unidos em 1981. De lá para cá milhares campanhas preventivas foram realizadas em todo o mundo.
DivulgaçãoNo Brasil, 350 mil pessoas infectadas recebem coquetéis antirretovirais distribuídos pelo SUS
A chamada profilaxia pré-exposição (PrEP) consiste no uso diário e contínuo de uma pílula que combina dois tipos de antirretrovirais e é indicada para a população não infectada, mas que tem maior risco de contágio. Ao serem utilizados, os medicamentos diminuem até 92% o risco de o vírus entrar nas células. Segundo a OMS, caso fosse adotada, a PrEP diminuiria em até 25% a incidência global de HIV entre gays, evitando um milhão de novos casos entre essa população no período de dez anos.De acordo com a agência, estudos mostram que homens que fazem sexo com homens têm 19 vezes mais risco de serem infectados pelo vírus do que a população em geral. O risco também é superior para profissionais do sexo (14 vezes), usuários de drogas injetáveis e transgêneros (50 vezes).
Primeira-secretária da Sociedade Brasileira de Infectologia, a médica Mônica Jacques de Moraes apoia a recomendação da OMS como opção adicional de prevenção, mas defende que a PrEP não seja indicada para todos os homossexuais. “É indicado para quem tem comportamento de risco e que esteja disposto a aderir ao tratamento e tomar o medicamento diariamente para o resto da vida”, diz a especialista.
Ela ressalta ainda que é necessário informar os interessados em utilizar a opção sobre os possíveis efeitos colaterais que os medicamentos podem causar. Embora não tenha a mesma combinação de remédios do tratamento administrado para os soropositivos, a PrEP reúne antirretrovirais que podem afetar a função renal e a formação dos ossos, por exemplo. Outra preocupação de médicos e ativistas da área é de que a oferta da PrEP leve a um descuido com o uso do preservativo.
A médica explica que o medicamento mais conhecido usado como PrEP é o que combina os componentes tenofovir e emtricitabina. Embora o produto já seja aprovado para fins de prevenção nos Estados Unidos, ele ainda é tema de estudos científicos no Brasil e não tem registro oficial junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde informou que a inclusão da PrEP no Sistema Único de Saúde (SUS) “está sendo avaliada por meio de duas pesquisas de campo”. De acordo com a pasta, os estudos vão acompanhar a oferta de medicamentos antirretrovirais a um grupo de 1,3 mil pessoas que não são portadoras de HIV, mas que apresentam riscos elevados de infecção. A estimativa é que os primeiros resultados das pesquisas e da possível oferta da PrEP sejam apresentados no ano que vem.
Segundo o ministério, 350 mil brasileiros infectados pelo HIV recebem antirretrovirais pelo SUS atualmente. A pasta afirmou ainda que, até o fim deste ano, serão investidos R$ 178 milhões em ações de vigilância, prevenção e controle de aids, outras DSTs e hepatites virais. Os primeiros diagnósticos da doença surgiram nos Estados Unidos em 1981. De lá para cá milhares campanhas preventivas foram realizadas em todo o mundo.
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