quinta-feira, 17 de julho de 2014

Índícios de novas pistas no caso das crianças desaparecidas no Planalto’ reacende esperanças



A coleta de amostras de material genético de familiares de três das cinco crianças raptadas há 16 anos de uma comunidade no bairro Planalto; o trabalho de envelhecimento na foto de uma das desaparecidas e a recomendação para que uma das mães fique de sobreaviso, para uma possível viagem, são os mais recentes indícios de que as polícias  civil e federal seguem novas pistas no caso. A  publicização da foto envelhecida de Joseane Pereira dos Santos está marcada para amanhã. Joseane foi a segunda criança a desaparecer do bairro, em 1999. Na época, ela tinha oito anos, mas o retrato representará como a jovem estaria hoje aos 23.



Magnus NascimentoOntem, três das cinco famílias foram à sede da Polícia Federal para a coleta de DNA e estão com esperanças de alguma identificaçãoOntem, três das cinco famílias foram à sede da Polícia Federal para a coleta de DNA e estão com esperanças de alguma identificação

Além da imagem envelhecida, o delegado civil Ben Hur de Medeiros, à frente das investigações desde dezembro de 2012, convocou, ontem, familiares das vítimas para uma coleta de material genético na sede da Polícia Federal. Segundo ele, a coleta fornece material “de reserva” para possíveis procedimentos de identificação, como exames de DNA. Parentes de três das cinco crianças compareceram. Os pais de Gilson Enedino da Silva e Marília Gomes da Silva – esta última, a mãe faleceu em 2010 – tiveram a visita remarcado para os próximos dias, segundo a Polícia Civil. 
A mãe de Joseane, Lindalva Florêncio, é uma das mais esperançosas de que a polícia pode ter encontrado alguma pista da filha. Após a coleta de material, na sede da PF, ela revelou à reportagem: “o delegado Ben Hur pediu para que eu ficasse até o final da semana porque poderia precisar de mim, disse que talvez a gente precise viajar”. A informação não foi confirmada pela Polícia Civil. O inquérito corre em segredo de Justiça.
Os “Raptos do Planalto” é o mais conhecido caso de desaparecimento de crianças no Rio Grande do Norte. Entre 1998 e 2002, cinco crianças, de um a oito anos de idade, desapareceram de dentro das casa sem deixar pistas. Os sumiços aconteciam sempre por volta das 3h30 da manhã, quando as famílias estavam dormindo. Vários delegados passaram pelo caso durante 14 anos, mas sem dar encaminhamento às investigações. 

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