As chuvas da madrugada de ontem causaram novo deslizamento e geraram mais um dia de transtornos àqueles que trafegam pela avenida Sílvio Pedroza, em Areia Preta, e soma-se mais um dia no calendário dos moradores de Mãe Luíza que estão fora de casa devido às interdições dos imóveis. Os reparos da lona plástica e do encanamento provisório de esgoto só poderão ser refeito com o fim das chuvas, e a previsão da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) é de céu nublado com pancadas de chuva.
Ana
Maria Alves, dona de casa, reclama da situação das lonas e da água
escorrendo. “É a mesma situação de dois meses atrás e ninguém faz nada”,
reclama. Ela teve sua casa e um pequeno comércio, na rua Guanabara,
arrastada para dentro da cratera, no primeiro deslizamento. Outros
moradores reclamam da demora para a execução das ações definitivas, bem
como da efetividade das medidas emergenciais.De acordo com Caio Pascoal, a Semov conseguiu, através do Ministério da Integração Nacional R$ 3,4 milhões para reaterrar a rua Guanabara, ligações provisórias de esgoto e colocação das lonas. “Nisso gastamos uns R$ 1,5 milhão e fica entre R$ 1,9 milhão e R$ 2 milhões para concluir o aterro da área, que será feito junto com a cortina de concreto, parte do projeto definitivo. Se a gente fizesse logo ia precisar gastar mais depois”, explica.
Devido às precipitações da madrugada de ontem, por volta das 6h a Defesa Civil do Município foi acionada sobre o deslizamento e cerca de meia hora depois a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (STTU) fez o bloqueio da avenida Sílvio pedroza, para que fosse feita a limpeza pela Urbana. O trânsito foi restabelecido no infal da tarde.
Devido às chuvas, a Escola Estadual Severino Bezerra de Melo, em Mãe Luíza, teve as aulas suspensas ontem. Quase todas as salas e a área administrativa da unidade de ensino fundamental estavam com infiltrações. A direção da escola afirma que o problema não é novo e chegou a enviar ofícios à Secretaria Estadual de Educação, sempre sem solução. A Seec ficou de enviar hoje técnicos ao local.
Memória
A cratera em Mãe Luíza abriu no dia 13 de junho deste ano, após um deslizamento de terra entre a Rua Guanabara e a avenida Sílvio Pedroza, em Areia Preta. No dia seguinte, um novo deslizamento atingiu casas da Guanabara, causando a interdição de 60, número que evoluiu até alcançar 136 imóveis. Após a colocação da lona plástica, esse foi o segundo deslizamento.
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