Para a relatora da ONU, não faz sentido a Sabesp ter suas ações comercializadas na Bolsa de Nova York e na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), enquanto a cidade convive com problemas. "Antes de repartir lucros, a empresa precisa investir para garantir que todos tenham acesso à água", declarou.
"O número de pessoas vivendo sem acesso à água e saneamento às sombras de uma sociedade que se desenvolve rapidamente ainda é enorme", declarou a relatora em seu discurso na ONU, nesta tarde em Genebra.
Segundo seu informe, um abastecimento de água regular e de qualidade ainda é uma realidade distante para 77 milhões de brasileiros, uma população equivalente a todos os habitantes da Alemanha.
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21.ago.2014
- Escavadeira tenta retirar lixo do rio Tietê. Menos de um mês depois
de finalizar uma operação que retirou mais de 18 toneladas de lixo de
áreas do leito seco do rio Tietê, o município de Salto (a 101 km da
capital paulista) começa a ver as áreas serem novamente tomadas por
entulho. A maioria do material é de pedaços de madeira. Segundo o
secretário de Meio Ambiente do município, João De Conti Neto, a sujeira
está voltando pela correnteza João De Conti Neto/Acervo Pessoal
O Estadão revelou em junho de 2013 que a representante das Nações Unidas teve sua primeira inspeção para realizar o levantamento vetada pelo governo. A visita estava programada para ocorrer em julho do ano passado. "O governo apenas explicou que, por motivos imprevistos, a missão não poderia mais ocorrer", declarou à época Catarina de Albuquerque.
Internamente, a ONU considerou que o veto tinha uma relação direta com os protestos que, em 2013, marcaram as cidades brasileiras. A viagem só aconteceria em dezembro de 2013, o que impediria que o informe produzido fosse apresentado aos demais governos da ONU e à sociedade civil antes da Copa do Mundo.
Agora, o raio X reflete uma crise que vive o País no que se refere ao acesso a água e saneamento. "Milhões de pessoas continuam vivendo em ambientes insalubres, sem acesso à água e ao saneamento", indicou o informe, apontando que o maior problema estaria nas favelas e nas zonas rurais.
do território nacional.
Sem racionamento
Em nota, a Sabesp informou que "não há racionamento ou restrição de consumo em nenhuma das 354 cidades atendidas pela empresa", e que foram feitos investimentos de "R$ 9,3 bilhões entre os anos de 1995 e 2013, em medidas para aumentar a segurança do abastecimento de água na região".A companhia também afirmou ter investido na redução de perdas, "que caíram oito pontos percentuais nos últimos dez anos (um dos menores índices do país) e também no programa de água de reúso, responsável pela produção de mais de mil litros por segundo".
Dicas de como economizar água
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