O estádio Arena das Dunas é um dos
únicos entre os 12 estádios da Copa do Mundo de 2014, no Brasil que
parece seguir um rumo diferente dos demais no que diz respeito aos
custos de construção. Uma fórmula utilizada pelas construtoras e que
avalia o custo de cada estádio diz respeito ao “custo por acento”. A
praça esportiva potiguar aparece como a de menor custo entre as que
receberão jogos do Mundial e também entre outras arenas espalhadas pelo
mundo. Para se ter uma ideia, a Arena Corinthians tem um preço de R$
17,1 mil/cadeira. Na Arena das Dunas essa relação é de R$ 9,5
mil/cadeira.
A conta é feita tomando como base o
preço do estádio pela capacidade de público que poderá receber. No caso
de Natal são R$ 400 milhões investidos para 42 mil lugares durante a
disputa da Copa do Mundo. Em São Paulo, são R$ 820 milhões para a
construção de 48 mil lugares. A arquibancada removível, com 20 mil
cadeiras, está orçada em R$ 35 milhões e será descartada após a
competição. Isso também ocorrerá na capital do Rio Grande do Norte onde
10 mil cadeiras serão removidas.
Em comparação com outras arenas no Mundo, onde o padrão FIFA foi
exigido pois fariam parte de jogos de Copa, a situação do estádio das
Dunas também é confortável. A Allianz Arena, na Alemanha, em Munique,
inaugurada 12 meses antes da Copa 2006, custou R$ 918 milhões, com cada
um dos 66 mil lugares a R$ 13,9 mil. Já o gasto com a construção do
Stade de France, erguido especialmente para o Mundial de 1998, chegou a
R$ 900 milhões (R$ 11,1 mil por cada um das 81 cadeiras).O estádio potiguar ocupa um patamar parecido com o Soccer City (África do Sul). No estádio sul-africano, cuja capacidade é de 94 mil lugares, cada assento saiu por R$ 8,9 mil – o preço final foi de R$ 840 millhões. Entre todos os estádios utilizados nos últimos mundiais o que aparece com o melhor custo/cadeira instalada é o de Sang-am. Na Coreia do Sul, cada cadeira custou apenas R$ 5,9 mil. A arena de 67 mil cadeiras teve o mesmo investimento que o estádio de Natal: R$ 400 milhões.
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