domingo, 12 de janeiro de 2014

Papa Francisco nomeia arcebispo do Rio de Janeiro como novo cardeal


Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, em 24 de dezembro de 2013 na catedral de São Sebastião, no Rio de Janeiro
Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, em 24 de dezembro de 2013 na catedral de São Sebastião, no Rio de Janeiro
O papa Francisco anunciou neste domingo a criação dos dezesseis primeiros cardeais eleitores - com menos de 80 anos - de seu pontificado, entre eles o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta.
Além do brasileiro, Francisco nomeou outros quatro novos eleitores latino-americanos, de Argentina, Chile, Haiti e Nicarágua, quatro italianos, dois europeus (um alemão e um britânico), um canadense, dois africanos (Costa do Marfim e Burkina Faso) e dois asiáticos (Coreia do Sul e Filipinas).
Francisco também nomeou outros três cardeais eméritos, sem poder de voto em caso de conclave para eleger um novo pontífice, de Itália, Espanha e Santa Lúcia.
O anúncio foi feito ao término do Ângelus dominical a partir da janela do Palácio Apostólico diante dos milhares de peregrinos presentes na Praça de São Pedro.
Os 19 novos cardeais receberão o capelo e o anel cardinalício no dia 22 de fevereiro no Vaticano, no primeiro consistório do pontificado de Francisco.
Dos 16 com direito a voto no conclave, doze são arcebispos a cargo de cidades grandes e apenas quatro trabalham na Cúria romana, a administração central.
O Papa argentino, que defende uma igreja pobre para os pobres, designou personalidades provenientes de comunidades esquecidas e periféricas, como ele mesmo define, entre eles os arcebispos de Haiti, Costa do Marfim e Burkina Faso.
Os novos cardeais latino-americanos são o nicaraguense Leopoldo José Brenes Solórzano, arcebispo de Manágua, o argentino Mario Aurelio Poli, arcebispo de Buenos Aires e seu sucessor na liderança da igreja de seu país, o chileno Ricardo Ezzati Andrello, arcebispo de Santiago do Chile, e o haitiano Chibly Langlois, bispo de Les Cayes, além do arcebispo brasileiro.
Já entre os três cardeais eméritos nomeados, que não poderão votar no conclave por terem mais de 80 anos, figura o espanhol Fernando Sebastián Aguilar, emérito de Pamplona e uma das figuras mais progressistas da igreja espanhola, exemplo de religioso que não entra nos jogos de poder existentes na Igreja.
Junto a ele receberá o título de cardeal o italiano que foi o secretário pessoal de João XXIII, Loris Capovila, e Kelvin Edward Felix, arcebispo emérito de Castries, Santa Lúcia.
Além dos latino-americanos já citados, entre os novos eleitos com direito a voto figuram o italiano Pietro Parolin, ex-núncio na Venezuela e atual secretário de Estado, ou seja, número dois, o guardião do dogma, o conservador alemão Gerhard Ludwig Müller, prefeito da congregação para a Doutrina da Fé, e o italiano Lorenzo Baldisseri, secretário geral do Sínodo de Bispos, homem de confiança de Francisco, que prepara as grandes assembleias de bispos que serão realizadas em 2014 e 2015, e que deverão mudar a cara da instituição.
Outro italiano, Beniamino Stella, prefeito da Congregação para o Clero, também receberá o barrete cardinalício.
Com as novas criações, o número de membros do Colégio Cardinalício se eleva a 218, dos quais 122 são eleitores em caso de um conclave para eleger um novo Papa.

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