O uso de simulador de direção em autoescolas não será
obrigatório, como previa projeto em tramitação no Congresso há quase dois anos.
A proposta que estabelecia a obrigatoriedade em todo o
país para quem quer tirar a carteira de motorista (PL 4.449/12) foi rejeitada
pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
A ideia inicial do autor do projeto, Mauro Lopes (PMDB-MG), era obrigar autoescolas a comprar esses equipamentos para fazer as simulações antes do início das aulas práticas de direção.
A ideia inicial do autor do projeto, Mauro Lopes (PMDB-MG), era obrigar autoescolas a comprar esses equipamentos para fazer as simulações antes do início das aulas práticas de direção.
Deputados do colegiado defenderam que não é
constitucional criar um gasto adicional ao setor e votaram favoravelmente ao
parecer contrário ao projeto apresentado pelo deputado Marcos Rogério (PDT-RO).
O relator reconheceu que quase 40 mil brasileiros
morrem por ano e milhares de pessoas ficam com sequelas graves em decorrência
de acidentes de trânsito, o que representa um custo de mais de R$ 30 bilhões
aos cofres públicos.
Mas o parlamentar alertou que, mesmo que os simuladores
possam criar situações de risco como neblinas e chuvas fortes, não existe um
estudo que comprove que o uso desses equipamentos pode reduzir acidentes.
“A proposição ainda fere o princípio da livre-iniciativa.
“A proposição ainda fere o princípio da livre-iniciativa.
As chamadas autoescolas, em grande parte, são pequenos
empreendimentos com dificuldades para arcar com o custo de aquisição dos caros
equipamentos simuladores”, ressaltou.
Segundo ele, os gastos atuais com a compra e a manutenção de veículos para as aulas e o pagamento de funcionários e instrutores já comprometem o caixa das autoescolas.
Segundo ele, os gastos atuais com a compra e a manutenção de veículos para as aulas e o pagamento de funcionários e instrutores já comprometem o caixa das autoescolas.
“A defasagem dos simuladores ocorrerá rapidamente,
tornando obsoletos equipamentos adquiridos por somas consideráveis.
O preço de um simulador homologado pode chegar a R$ 20
mil”, completou.
A proposta foi aprovada em caráter conclusivo e não precisa passar pelo plenário, a menos que haja recurso para que isso ocorra.
A proposta foi aprovada em caráter conclusivo e não precisa passar pelo plenário, a menos que haja recurso para que isso ocorra.
Há possibilidade de que um requerimento seja
apresentado para levar o texto a plenário, já que a aprovação do relatório na
CCJ não foi unânime.
Atualmente, uma decisão do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) prevê o uso de simuladores de direção veicular em autoescolas.
Atualmente, uma decisão do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) prevê o uso de simuladores de direção veicular em autoescolas.
Agência Brasil
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