Emanuel AmaralJepherson Alcaniz foi confundido com um assaltante e quase foi linchado por populares
Frequentador da Igreja Católica e participante de encontros religiosos, Jepherson estava em um posto de combustíveis durante a madrugada, acompanhado por uma amiga. Os dois estavam bebendo e, até a manhã, não houve qualquer problema, quando Jepherson, que guiava uma moto, deixou a amiga em casa e seguiu pela avenida Abel Cabral, já com o dia claro. Foi quando ocorreu o episódio que resultou no espancamento.
Admitindo que estava alcoolizado, Jepherson disse que viu a mulher na parada de ônibus quando voltava para casa. Ele disse que falou algo a mulher, mas que não lembrava exatamente quais as palavras que tinha usado. Ele acredita que tenha sugerido que a mulher era garota de programa, propondo um encontro. Foi quando a mulher reagiu.
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Segundo Jepherson, a mulher o agarrou pelo pescoço e aplicou uma espécie de "mata-leão", um estrangulamento. Ele caiu junto à mulher e à motocicleta, que queimou a perna do entregador. Quando populares viram o episódio, iniciaram o espancamento. Neste momento, Jepherson diz que perdeu a consciência.
Momentos após o início das agressões, Jepherson disse que recobrou a consciência, mas que não conseguia falar que não era assaltante. Enquanto jogavam areia e chutavam seu rosto e tórax, ele disse que não conseguia reagir, pois já estava amarrado e sem forças para explicar o que tinha acontecido. "Era muita gente agredindo. Eu pensava realmente que iria morrer", disse Jepherson.
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Após a chegada da polícia, Jepherson foi levado até o hospital Deoclécio Marques algemado. Somente lá, ele conseguiu contar sua versão, enquanto era medicado. Um homem que se identificou como pai de Jepherson Alcaniz disse que vai cobrar apuração sobre o caso. "Não vamos deixar isso impune. É um absurdo", disse.
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