A colheita do caju começou, mas esse será mais um ano de dificuldade para a população de Serra do Mel. A falta de chuvas na região tem prejudicado a produção de castanha, principal fonte de renda das famílias potiguares.
O município, que costumava produzir 50 mil toneladas de castanha por ano, não deve chegar a oito mil toneladas nesta safra. Em época de safra produção, haveria ao menos oito pessoas trabalhando em um dos lotes da região. Mas hoje não há ninguém no local.
As chuvas na região se concentram entre janeiro e abril. O volume médio esperado seria em torno de 800 milímetros, mas choveu apenas 300 milímetros. Foi menos que a metade do previsto.
A única cooperativa do estado que exportava a amêndoa não está negociando com compradores de fora do país porque não tem produto suficiente para atender aos pedidos.
“Esse ano, o pessoal da Europa já está entrando em contato para comprar. Mas a gente está com medo de fechar um pré-contrato e não cumprir. Se a gente não cumpri um contrato, quem paga é a gente. O preço é muito alto”, diz João Duarte, presidente da Coopercaju.
A menor oferta provocou aumento no preço da castanha. O quilo está sendo vendido por R$ 3,00. No ano passado, valia 2,50.
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