Segundo
o boletim divulgado pelo Programa Estadual de Controle da Dengue da
Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) com a situação da dengue
no Rio Grande do Norte, com informações referentes ao período de 1º de
janeiro a 11 de outubro de 2014, o Estado apresenta 50 municípios com
incidência alta da doença e 33 com incidência média.
O número de casos notificados da doença é
de 11.910, sendo 3.783 confirmados, com 17 óbitos por dengue. No ano de
2013 foram notificados 23.052 casos, sendo 10.195 confirmados e 26
óbitos por dengue. Os números mostram uma queda de 48,33% em relação aos
casos notificados e uma queda de 53% no número de óbitos por dengue, em
comparação com o ano passado.
A ausência da investigação dos sinais de
alarme (dor abdominal intensa, vômito persistente e sangramentos
importantes), a hidratação inadequada (que deve ser feita desde o
primeiro atendimento) e a liberação dos pacientes sem atender aos
critérios de alta médica recomendados pelo Ministério da Saúde são
indícios apontados, pelo próprio Ministério, como fatores para o aumento
das taxas de óbitos por dengue.
“A Sesap atua na assessoria,
capacitação, supervisão técnica e distribuição de larvicida para todos
os municípios do Estado. A prevenção deve ser constante e a
responsabilidade é de todos nós, seguindo os já conhecidos cuidados
básicos: não jogar lixo em terrenos baldios, evitar recipientes que
acumulem água e limpar periodicamente as caixas d’água, deixando-as
tampadas”, explica Sílvia Dinara.
Aos primeiros sinais de febre associada a
mais dois sintomas como dores no corpo, dor atrás dos olhos, cefaléia,
vômito, náusea, é necessário procurar a unidade de saúde mais próxima e
informar ao médico todos os sintomas e, principalmente, evitar a
automedicação para não mascarar os primeiros sinais da doença.
Ministério da Saúde divulga Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa)
O LIRAa é divulgado anualmente com o
objetivo de sensibilizar os gestores e a população na intensificação das
ações de controle da dengue no período de outubro a maio que no Brasil,
de maneira geral, corresponde ao intervalo de sazonalidade da doença.
O levantamento aponta o Índice de
Infestação Predial-IIP, o qual é a relação expressa em porcentagem entre
o número de imóveis com focos do mosquito e o número de imóveis
pesquisados e de acordo com o valor obtido se observa os limiares de
risco de transmissão de dengue proposto pelo Programa Nacional de
Controle da Dengue.
A capital potiguar foi apontada com um
das 10 capitais com maior risco de infestação. De acordo com Sílvia
Dinara, o LIRAa deve ser utilizado como ferramenta de gestão. “A
prevenção contínua e a responsabilidade no controle da dengue devem ser
compartilhadas por todos, reforçando as ações de eliminação dos
criadouros do mosquito Aedes aegypti, que além da dengue também
transmite a febre do Chikungunya, que já possui transmissão autóctone no
país nos estados do Amapá, Bahia, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul”.
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