terça-feira, 16 de julho de 2013

Em 16 de julho de 1645, o sacerdote André de Solveral e outros 70 fiéis foram cruelmente mortos por mais de 200 soldados holandeses e índios

A história nos conta que: dentro da conturbada invasão dos holandeses no Nordeste do Brasil, ocorreram dois martírios coletivos: o de Cunhaú e o de Uruaçu. No engenho de Cunhaú, na época, principal pólo econômico da capitania do Rio Grande (atual estado do RN), existia uma pequena e fervorosa comunidade composta por 70 pessoas sob os cuidados do Pe. André de Soveral. E em 16 de julho de 1645, o sacerdote e outros 70 fiéis foram cruelmente mortos por mais de 200 soldados holandeses e índios potiguares. Os fiéis participavam da Missa dominical, na capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho Cunhaú – no município de Canguaretama, localizado a Zona Agreste do Rio Grande do Norte. Por seguirem a religião Católica, tiveram que pagar com a própria vida o preço da fé, por causa da intolerância calvinista dos invasores.
Quatro meses depois, em 03 de outubro de 1645, aconteceu outro martírio, onde 80 pessoas foram mortas por holandeses, entre elas,  o Pe. Ambrósio Francisco Ferro, que com os fiéis confiados a si, manteve a firmeza na fé, e o camponês Mateus Moreira, que teve o coração arrancado pelas costas, enquanto repetia a frase “louvado seja o Santíssimo Sacramento”. Este morticínio aconteceu no Engenho de Uruaçu (hoje comunidade Uruaçu) na área do município de São Gonçalo do Amarante – a 18 km de Natal.
Eles foram beatificados, no dia 5 de março de 2000, pelo Papa João Paulo II, na Praça de São Pedro em Roma, juntamente com mais 44 mártires. Na cerimônia da Beatificação o Papa João Paulo II, atribuiu aos novos Beatos da Igreja, o titulo de Protomártires do Brasil.
Segundo o Mons. Assis Pereira, os mártires de Cunhaú e Uruaçu foram chamados de Protomártires do Brasil, pelo Prefeito da Congregação das  Causas dos Santos. “Isto porque são os primeiros que derramaram o sangue pela fé em nossa pátria, tendo o seu martírio reconhecido oficialmente pela igreja”, disse o Monsenhor. Ele foi nomeado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) como responsável pela organização do martirológio que aconteceram aqui no estado do RN.


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