Um protesto que tinha tudo para ser pacífico, com cerca de 800 manifestantes do movimento #revoltadobusãonatal, iniciado às 16h desta sexta-feira (19), saiu em direção a Câmara Municipal e passou pelas Avenidas Salgado Filho, Romualdo Galvão, Amintas Barros e novamente Salgado Filho até a Hermes da Fonseca.
Neste ponto, ao cair da noite, uma minoria começou a afrontar a Polícia Militar, arremessar pedras em estabelecimentos e nos próprios agentes de segurança, além de outros tipos de depredações, como placas de sinalização arrancadas. A resposta da Polícia: bombas de efeito moral como única opção para a tentativa de controle da situação.
Na ocasião, após o primeiro confronto, os manifestantes se infiltraram no grupo maior, que fazia um protesto pacífico e seguiram pela rua Apodi até a chegada às proximidades da Câmara Municipal de Natal. A partir das 19h30, a situação saiu do controle e virou praça de guerra. Jovens depredando estabelecimentos, tentando entrar em postos de combustíveis, contudo, afastados pela PM, com bombas de efeito moral.
O objetivo do protesto foi esquecido: reivindicações por melhorias no transporte da cidade. O que se viu, a partir de então foi selvageria, com parte do grupo dispersando, talvez com intenção de um manifesto pacífico, enquanto outro, com rostos cobertos, atacaram inclusive, a imprensa presente. Tentativa de ataque ao carro da TV Tropical, pichação em material da InterTV Cabugi e pedras arremessadas a sede da 95 FM. Desfecho triste que renderá prisões em um manifesto que vai perdendo sua essência e credibilidade.
Ao Blog do BG, moradores também pediram socorro e reclamaram da ação dos vândalos, que arremessaram pedras em prédios, atos que poderiam atingir uma pessoa e até ferir gravemente. Outras situações alarmantes foram pessoas presas com crianças dentro de veículos e intimidadas pelos manifestantes, extremamente agressivos.
As ruas Campos Sales e Jundiaí foram tomadas por pedras e, por fim, um grupo de manifestantes tentou saquear a loja de móveis Jacaúna, na esquina da avenida Prudente de Morais com a rua Apodi. Durante a invasão, móveis foram tirados da loja e colocados no meio da rua. As vidraças do estabelecimento também foram quebradas. A PM , contudo, evitou um possível surto.
Acuados, um grupo se espalhou pela Avenida Rio Branco e quebrou vidraças de agências bancárias. O local, com vários pontos de fuga, dificultou a ação da PM na captura dos vândalos.
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