Tudo começou quando o rei da França, Carlos IX, após a implantação do
calendário gregoriano, instituiu o dia primeiro de janeiro para ser o
início do ano. Naquela época, as notícias demoravam muito para chegar às
pessoas, fato que atrapalhou a adoção da mudança da data por todos.
Antes dessa mudança, a festa de ano novo era comemorada no dia 25 de
março e terminava após uma semana de duração, ou seja, no dia primeiro
de abril. Algumas pessoas, as mais tradicionais e menos flexíveis, não
gostaram da mudança no calendário e continuaram fazer tal comemoração na
data antiga. Isso virou motivo de chacota e gozação, por parte das
pessoas que concordaram com a adoção da nova data, e passaram a fazer
brincadeiras com os radicais, enviando-lhes presentes estranhos ou
convites de festas que não existiam.Tais brincadeiras causaram dúvidas
sobre a veracidade da data, confundindo as pessoas, daí o surgimento do
dia 1º de abril como dia da mentira.
Aproximadamente duzentos anos mais tarde essas brincadeiras se
espalharam por toda a Inglaterra e, consequentemente, para todo o mundo,
ficando mais conhecida como o dia da mentira. Na França seu nome é “Poisson d’avril” e na Itália esse dia é conhecido como “pesce d’aprile”,
ambos significando peixe de abril. No Brasil, o primeiro Estado a
adotar a brincadeira foi Pernambuco, onde uma informação mentirosa foi
transmitida e desmentida no dia seguinte. “A Mentira”, em 1º de abril de 1848, apresentou como notícia o falecimento de D. Pedro, fato que não havia acontecido.
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