terça-feira, 1 de abril de 2014

Hoje faz 33 anos da grande enchente que arrasou Santa Cruz

Rua Dr. Pedro Medeiros parcialmente destruída pela enchente de 81

Parede do Açude Público de Santa Cruz após a enchente

Funcionária de Campo Redondo que avisou à Santa Cruz do risco que a cidade correria

Em 1º de Abril de 1981, caíram fortes chuvas em toda região, sendo muito intensa a chuva caída em Campo Redondo e arredores, o que colaborou para desembocar no Rio Trairi, rio que corta toda a região e passa dentro de Santa Cruz. Com o forte volume de água, os barreiros e açudes foram enchendo e rompendo, caindo dentro de outros que também se romperam e fez grande volume d'água. O Açude de Santa Cruz, apesar de ter a parede alta, mas não tinha estrutura para suportar o volume e logo se rompeu também. Era a tragédia anunciada pela funcionária de Campo Redondo que de fato se presenciava. 
O cenário era desolador e centenas de famílias perderam total ou parcialmente suas casas; animais, objetos, tudo descia rio Trairí abaixo e assim a cidade vivia os piores momentos de sua história.
Mas, as autoridades não mediram esforços na reconstrução da cidade. O prefeito Dr. Hildebrando Teixeira,  o Monsenhor Raimundo Gomes Barbosa, o governador Lavoisier Maia, o Ministro Mário Andreazza e outras autoridades se empenhavam no apoio das famílias desabrigadas e já projetavam a construção do Conjunto Cônego Monte, que seria o novo local daqueles que perderam seu abrigo.
Santa Cruz aparecia no noticiário nacional e internacional e logo começa a aparecer doações de alimentos, de água, de móveis, de remédio para as pessoas desabrigadas, que não eram poucas. Infelizmente, em meio a tanta calamidade da época, houveram relatos de desvios de parte das doações por alguns políticos influentes e de outras autoridades da época.
Em 25 de junho de 1981, por meio de decreto, o Prefeito Hildebrando Teixeira oficializa o Conjunto Cônego Monte como o novo bairro de Santa Cruz-RN e reconhece o Paraíso como bairro também, pois até então o Paraíso não era oficialmente um bairro, apesar de já ter uma população bem expressiva.
Por José Lucicláudio Bezerra.
Com base em relatos de pessoas antigas e de livros e documentários da época.

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