Uma das grandes dúvidas que se tem com o término da Copa do Mundo no
Brasil é a utilidade de algumas das arenas construídas para o Mundial,
já que em alguns estados do país (como Mato Grosso, Distrito Federal e
Amazonas) o futebol local é insípido e não possui times nem nas duas
principais divisões do Campeonato Brasileiro. Diante desse quadro, dois
arquitetos franceses propuseram uma solução para os candidatos a
elefantes brancos: transformar os estádios em moradia para a população
sem-teto, projeto que ganhou o nome de “Casa Futebol”.
Axel de Stampa e Sylvain Macaux, idealizadores do “1 Week 1 Project” (1 Semana 1 Projeto, em inglês), coletivo definido por eles como “arquitetura espontânea”, sugerem que algumas arenas deveriam abrigar pequenos apartamentos (módulos de aproximadamente 105 m²) para indivíduos que atualmente não têm moradia. A dupla já desenhou como seriam os conjuntos habitacionais do Mané Garrincha, em Brasília, e da Arena das Dunas, em Natal. Jogos de futebol não deixariam de acontecer nesses locais – as partidas, inclusive, ajudariam a custear a projeto.
O arquiteto reconhece a dificuldade de conseguir emplacar um projeto
como esse, mas pede uma reflexão sobre a importância de inovar na hora
de pensar mudanças sociais. Macaux e de Stampa acreditam que mais da
metade dos 250 mil sem-teto do país pudessem usufruir dessas novas
moradias.
“(O projeto) É um pouco ambicioso, mas gostaríamos que as pessoas questionassem elas mesmas sobre os contextos sociais que acompanham esses tipos de projetos”, completou Macaux.
Outras soluções para o aproveitamento do espaço desses estádios foram pensadas antes mesmo da Copa do Mundo. Para a Arena da Amazônia, a Justiça do Amazonas enviou ao governo federal uma sugestão para que a arena se tornasse um local de triagem de presos. Os detentos ficariam no estádio por até 48 horas antes de serem encaminhados para as cadeias.
O custo dos 12 estádios que sediaram o Mundial totalizou quase R$ 8,5 milhões. O mais caro deles foi o Mané Garrincha, que custou cerca de R$ 1,4 bilhão (valor divulgado pelo governo estadual, podendo chegar próximo a R$ 2 bilhões) – gastos previstos eram de aproximadamente R$ 690 milhões.
Fonte: IG
Axel de Stampa e Sylvain Macaux, idealizadores do “1 Week 1 Project” (1 Semana 1 Projeto, em inglês), coletivo definido por eles como “arquitetura espontânea”, sugerem que algumas arenas deveriam abrigar pequenos apartamentos (módulos de aproximadamente 105 m²) para indivíduos que atualmente não têm moradia. A dupla já desenhou como seriam os conjuntos habitacionais do Mané Garrincha, em Brasília, e da Arena das Dunas, em Natal. Jogos de futebol não deixariam de acontecer nesses locais – as partidas, inclusive, ajudariam a custear a projeto.
A ideia de transformar as arenas em residências partiu da
observação dos problemas sociais que ocorrem no Brasil. ”O que é mais
global, alardeado na mídia, e questionável do que a Copa do Mundo? Nós
lemos, como todos, sobre os protestos sociais no Brasil, sobre todo o
dinheiro gasto para a Copa do Mundo. Nós tentamos encontrar uma resposta
para a questão da nossa maneira, com um conceito e uma imagem
poderosos. Os estádios são tão grandes que são quase absurdos”, declarou
Macaux ao site Fast Company.
“(O projeto) É um pouco ambicioso, mas gostaríamos que as pessoas questionassem elas mesmas sobre os contextos sociais que acompanham esses tipos de projetos”, completou Macaux.
Outras soluções para o aproveitamento do espaço desses estádios foram pensadas antes mesmo da Copa do Mundo. Para a Arena da Amazônia, a Justiça do Amazonas enviou ao governo federal uma sugestão para que a arena se tornasse um local de triagem de presos. Os detentos ficariam no estádio por até 48 horas antes de serem encaminhados para as cadeias.
O custo dos 12 estádios que sediaram o Mundial totalizou quase R$ 8,5 milhões. O mais caro deles foi o Mané Garrincha, que custou cerca de R$ 1,4 bilhão (valor divulgado pelo governo estadual, podendo chegar próximo a R$ 2 bilhões) – gastos previstos eram de aproximadamente R$ 690 milhões.
Fonte: IG
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