Isabel Amorim, irmã de Teresa, diz que é muito
gratificante saber que os órgãos da irmã salvaram
vidas (Foto: Arquivo pessoal)
"A decisão é muito difícil, mas também é muito gratificante saber que
os órgãos dela salvaram outras vidas". É assim que a gerente de loja
Isabel Amorim se sentiu ao saber que o fígado da irmã dela salvou a vida de Andrea Cavalcanti, de 44 anos, que mora em Pernambuco.gratificante saber que os órgãos da irmã salvaram
vidas (Foto: Arquivo pessoal)
Teresa Cristina Nunes da Cunha, que tinha a mesma idade de Andrea, teve morte cerebral diagnosticada em Natal no dia 25 de julho. Porém, sem acreditar na morta da filha, a mãe de Teresa ainda relutou em autorizar a doação. "Minha mãe acreditava que ela ainda estava viva e, a princípio, não queria autorizar a doação dos órgão de minha irmã, nem o desligamento dos aparelhos. Foi difícil até ela se convencer de que não tinha mais nada a ser feito", contou Isabel.
Andrea é portadora de polineuropatia amiloidótica familiar (PAF), uma doença degenerativa que começava a prejudicar o movimento de suas pernas. Ela recebeu o fígado de Teresa no dia 29 de julho, durante cirurgia realizada no Recife. O transplante foi feito por meio da técnica chamada "dominó", também conhecida como "repique", em que dois transplantes são realizados simultaneamente. O fígado de Andrea, por sua vez, foi doado para Horácio Calil, de 64 anos, que tinha colangite esclerosante primária, doença autoimune causadora de muita coceira e um cansaço severo. Horácio pode desenvolver a doença de Andrea, mas somente dentro de 30 anos. Não seria possível transplantar o fígado dela para um paciente jovem, por causa do risco de a doença aparecer cedo.
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"O meu cunhado leu a matéria que o G1 fez sobre a
cirurgia da Andrea e me ligou do Rio de Janeiro dizendo que acreditava
que era o fígado de Teresa. Nós ficamos muito felizes. É uma alegria
muito grande saber que uma vida foi salva", disse Isabel.De acordo com a Central de Transplantes do Rio Grande do Norte, também foram doadas as córneas, os rins e o coração de Teresa. A coordenadora da Central, Artenise Revoredo, disse que a negativa familiar para a doação de órgãos ainda é muito grande. "Os números melhoraram no primeiro semestre deste ano, mas a negativa familiar ainda é enorme", disse.
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