quinta-feira, 12 de junho de 2014

No sufoco e de virada, Brasil vence a Croácia com brilho de Neymar e Oscar; próximo jogo é contra o México

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Foi no sufoco, de virada, com muito nervosismo e com uma ajudinha da arbitragem, mas o Brasil abriu a vigésima edição da Copa do Mundo, nesta quinta-feira, derrotando a Croácia, no Itaquerão, em São Paulo: 3 a 1, gols de Neymar, duas vezes, e Oscar, já no finzinho. Marcelo abriu o placar marcando contra, no início de jogo. Com a vitória, a equipe de Luiz Felipe Scolari sai na frente na classificação do Grupo A e dá o primeiro passo rumo ao seu sexto título mundial. O próximo desafio é contra o México, no Castelão, em Fortaleza, na terça-feira. Até lá, Felipão ainda terá de corrigir as falhas que tornaram a partida inaugural tão difícil – algo já esperado, diga-se, tanto pelo adversário, que conta com bons jogadores, como Modric e Olic, como pelo retrospecto (nas últimas Copas, o Brasil sempre venceu de forma apertada na estreia). Não foi só a seleção que ficou abaixo do esperado: a festa de abertura, com uma cerimônia bastante pobre e fria, teve repercussão negativa no estádio e ao redor do mundo. A presidente Dilma Rousseff, que foi ao Itaquerão, também não teve uma boa tarde: em três ocasiões diferentes, foi xingada em coro pelo público, mesmo não tendo discursado nem sido anunciada pelos alto-falantes.
Início tenso - Sentindo o peso da estreia e do favoritismo, o Brasil teve um início hesitante no jogo, mostrando certo nervosismo em alguns lances. Os croatas, enquanto isso, aproveitavam o fato de jogarem sem nenhum peso sobre os ombros: tentavam controlar o jogo e não se contentavam em apenas defender. O primeiro susto para os brasileiros veio aos 6 minutos, quando o ótimo Modric disparou pelo meio e conseguiu alçar a bola para Olic concluir com extremo perigo – a bola saiu pelo lado direito do goleiro Júlio César. Aos 10 minutos, o primeiro gol da vigésima Copa do Mundo foi marcado por um brasileiro – mas contra sua própria meta. Depois de um cruzamento rasteiro do experiente Olic pela direita, a bola passou por David Luiz e acabou sendo desviada por Marcelo, que tentou cortar e empurrou para as redes. A torcida, que até então apoiava com gritos esporádicos, reforçou seu incentivo à equipe, com gritos de “Brasil”. Quatro minutos depois, com boa parte do público jogando junto, Oscar cruzou da direita, mas Neymar e Fred não alcançaram. O camisa 11, que havia sido muito criticado nos dois amistosos de preparação, fazia boas jogadas pelo lado do campo e aparecia como melhor opção ofensiva do time.
O Brasil seguia tentando igualar o placar: aos 20, Paulinho, uma das melhores alternativas de Felipão para jogos em que o adversário se fecha na defesa, se infiltrou na área e chutou com perigo; o goleiro Pletikosa fez boa intervenção. No minuto seguinte, Neymar disparou pela direita, foi ao fundo e cruzou. A zaga rebateu e, no rebote, Oscar chutou com efeito, exigindo uma incrível defesa de Pletikosa. Explorando a ansiedade dos brasileiros, a Croácia começou a tentar ganhar tempo, demorando a cobrar suas bolas paradas e esfriando o jogo depois de cada falta. O time da casa sentia a pressão e errava muitos passes. Aos 26 minutos, Neymar golpeou a cabeça de Modric numa dividida pelo alto e levou o cartão amarelo do árbitro Yuichi Nishimura – o mesmo que expulsou Felipe Melo na eliminação do Brasil diante da Holanda, no último Mundial. Aos 28, outro cruzamento perigoso dos croatas e outra cabeçada perigosa, desta vez de Jelavic, o substituto do artilherio Mandzukic, suspenso. Júlio César subiu bem e agarrou.
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Logo em seguida, a estrela maior do Brasil enfim começava a brilhar na Copa: Neymar recebeu na intermediária, ajeitou e bateu de perna esquerda, cruzado, meio mascado, mas com a direção exata: a bola bateu mansamente na trave esquerda de Pletikosa e entrou. O Itaquerão enfim se transformava num caldeirão para os donos da casa. Empurrados pelo público, os comandados de Felipão logo partiram em busca do segundo, mas a Croácia, uma equipe experiente e bem postada em campo, sabia conter o ímpeto dos favoritos. A seleção europeia procurava trocar muitos passes e manter a posse de bola. O Brasil preferia não esperar: quando recuperava a bola, tentava agredir rapidamente, em investidas de Hulk e Oscar pelos lados e arrancadas de Neymar pela faixa central. Aos 44, Neymar aproveitou uma bobeira de Olic, roubou a bola e invadiu a área, mas não conseguiu achar uma brecha para o arremate. A bola sobrou para Hulk, que chutou forte, mas muito alto. O Brasil encerrava a primeira etapa aparentemente recuperado do baque de ter saído em desvantagem no marcador. A Croácia, contudo, dava sinais claros de que venderia muito caro a derrota.

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