Um idoso matou o filho e o neto a
tiros, na noite de quinta-feira, em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio.
Nelcyr Parreira da Silva, de 74 anos, usou um revólver 38 e alega legítima
defesa.
De acordo com Nelcyr, o filho, de 42
anos, e o neto, de 18, estavam envolvidos com o tráfico de drogas. A
movimentação da venda de entorpecentes incomodava o viúvo.
- Ontem eles vieram me ameaçar com
pedras. Queriam me bater, os dois juntos. Eu fiquei avisando para que não
chegassem perto, senão eu teria que atirar. Meu filho chegou e me deu uma
gravata e aí eu atirei. Eu sei que não se mata, mas eles estavam com uma pedra
- disse Nelcyr, que se entregou na 71ª DP (Itaboraí) logo depois de ter
disparado os tiros.
O filho do viúvo, Mauro Sérgio
Parreira, e o neto, Magno Sérgio Pontes Parreira, foram levados para o Hospital
Municipal de Itaboraí, mas não resistiram. Mauro, com um tiro na barriga, e
Magno com uma perfuração na cabeça.
Segundo o titular da Delegacia de
Homicídios de Niterói e São Gonçalo, Wellington Vieira, o crime aconteceu numa
área dominada pelo tráfico. No entanto ele afirma que encontrou inconsistências
no depoimento do homem.
- O crime foi no bairro Ampliação, que
é dominado pelo tráfico. Ele alega que foi legítima defesa, mas oito testemunhas
que ouvimos informaram que não houve briga antes dos disparos. Agora ouviremos
mais duas, indicadas pelo atirador - afirmou.
Nelcyr foi autuado por
duplo homicídio e porte ilegal de arma de fogo e deve ser transferido para o
Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, nesta sexta-feira. O revólver 38
ficava escondido num fundo falso construído na parede da sala da casa do idoso.
Extra
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