quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Semsur espera laudo para decidir sobre interdição

Embora aguarde uma notificação oficial do Corpo de  Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte, o secretário municipal de Serviços Urbanos de Natal, Raniere Barbosa, confirmou nesta terça-feira, 19, que existe uma recomendação para a  interdição do chamado ‘Mercado da Quatro’, na avenida Presidente Sarmento, no Alecrim.
Adriano AbreuMercado tem estrutura danificada em vários pontos e laudo deve apontar demolição dos boxesMercado tem estrutura danificada em vários pontos e laudo deve apontar demolição dos boxes

O secretário disse que a corporação já sugeriu, informalmente, a adoção dessa medida. Além disso, o Departamento de Engenharia da própria Semsur já está finalizado um laudo, no qual deverá apontar, inclusive, a demolição dos boxes que compõem a atual estrutura do chamado mercado da Quatro.

Raniere Barbosa afirmou que, no entanto, não existe orçamento previsto na prefeitura para um novo projeto para aquela área, nem a prefeitura recebeu sugestão ou sabe, ainda, o que fazer dela ou qual tipo de equipamento deve oferecer à população. “Se tiver algum acidente vou ser responsabilizado criminalmente, vou receber o documento oficial do Corpo de Bombeiros e aceitá-lo”, continuou o secretário.

Barbosa estava de saída para uma audiência, ontem à tarde, mas informou a área do mercado da 4 “é muito  grande e o uso é apenas 30% do tamanho dela”.

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Enquanto não se tem uma decisão de médio ou longo prazo para a questão do ‘Mercado da Quatro’, o secretário Raniere Barbosa informou que, no começo da semana, já se iniciou o trabalho de manutenção do mercado da rua dos Canindés, antiga avenida 6, também situado no Alecrim.

Segundo ele, o ‘Mercado da Seis’ está recebendo pintura nova, retelhamento e reforma da parte elétrica e banheiros, serviços que já estão sendo executados no mercado da Redinha, na Zona Norte de Natal, onde estão a Semsur está investindo cerca de R$ 150 mil.

O aposentado Altemiro de Castilho, 74 anos, há 50 reside nas imediações do ‘Mercado da Quatro’ e lembra que naquela área, existia uma feira- livre. Em meados dos anos 80, segundo ele, foram construídos os boxes para abrigar o pessoal que estava saindo da Praça Gentil Ferreira, por conta da reforma que a prefeitura estava fazendo por lá, naquela época. “O que havia na praça era jogo de azar, gente morando, tinha cabaré, casa e tudo”, disse ele.

Para Castilho, com o ‘Mercado da Quatro’ pode ocorrer a mesma coisa,  “virou uma questão social”, que pode trazer problemas para o poder público: “Tem gente que sobrevive disso aqui, arranja R$ 10,00 ou R$ 20,00 pior dia para dar de comer à família”, diz ele, com relação a comerciantes de eletrodomésticos, bicicletas e outros equipamentos domésticos usados, bicicletas, aparelhos de celular, bares e lanchonetes que funcionam no local.

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