terça-feira, 19 de agosto de 2014

Canal está sem data para conclusão



Um ano depois do início das obras, a primeira etapa do perímetro irrigado Santa Cruz do Apodi, localizado entre os municípios de Apodi e Felipe Guerra, está com 13% de execução do projeto. De acordo com o engenheiro Marcos Rangel, do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), ainda não é possível definir uma data para finalização do perímetro. Com investimento do Governo Federal na ordem de R$ 280 milhões, obra terá 455 lotes e deve beneficiar 80 mil pessoas na região Oeste do Rio Grande do Norte.
Júnior SantosSistema hidráulico do projeto tem como manancial o rio Apodi, que possui vazão regularizada pela Barragem Santa Cruz do ApodiSistema hidráulico do projeto tem como manancial o rio Apodi, que possui vazão regularizada pela Barragem Santa Cruz do Apodi

O projeto é criticado por produtores rurais e membros da Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Igreja Católica. Segundo os críticos, as famílias que tiveram imóveis desapropriados para dar espaço ao perímetro não foram atendidas adequadamente e, além disso, o novo equipamento vai inviabilizar a produção agroecológica que é desenvolvida por agricultores familiares.

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Ao todo, o projeto tem mais de nove mil hectares de extensão. A primeira etapa ocupa área de 5.200 hectares e, a segunda, 4.036 hectares. A 1ª etapa é executada com recursos provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as obras foram iniciadas em agosto do ano passado.

O sistema hidráulico do Projeto de Irrigação Santa Cruz do Apodi tem como manancial de abastecimento o rio Apodi, que possui vazão regularizada pela Barragem Santa Cruz, localizada em Apodi. A captação da água será feita no rio Apodi, entre as localidades de Apodi e Felipe Guerra, a jusante da barragem. Um sistema de captação e recalque composto por uma barragem de elevação do nível da água, um canal de chamada e uma elevatória com nove conjuntos moto-bombas, seguida de três adutoras foram dimensionados para elevação de uma vazão de seis metros cúbicos por segundo.

Um canal de adução principal se desenvolverá na chapada. Canais secundários derivarão do canal principal, dominando cotas inferiores da chapada e alimentando outros canais de ordem terciária. A partir dos canais distribuidores de água, serão derivadas tomadas d’água para os 455 lotes agrícolas que compõem o perímetro, distribuídos entre pequenos produtores, técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos e empresários.

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