quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Vou deixar de trabalhar', diz cobrador de ônibus assaltado em Natal

Do G1 RN
Ônibus da linha 77 foi assaltado na manhã desta quarta-feira (20) em Natal (Foto: Matheus Magalhães/Inter TV Cabugi)Ônibus da linha 77 foi assaltado nesta quarta-feira (20) em Natal (Foto: Matheus Magalhães/Inter TV Cabugi)
"Este foi o terceiro e o último assalto que sofri, porque vou deixar de trabalhar". O depoimento é do cobrador do ônibus da linha 77, assaltado na manhã desta quarta-feira (20) no conjunto Parque dos Coqueiros, na Zona Norte de Natal. O trabalhador pediu para não ser identificado. Ele afirmou que não tem mais condições de trabalhar.
saiba mais
Este foi o terceiro caso de assalto a ônibus registrado no Rio Grande do Norte em menos de 24 horas. Na noite desta terça (19), o motorista de um ônibus de turismo foi baleado na BR-101, em Goianinha, e um ônibus da linha 22 assaltado na Zona Oste da capital. Já na última sexta (15), um motorista de ônibus morreu ao levar um tiro na perna durante um assalto em Parnamirim, cidade da Grande Natal. Ele perdeu muito sangue e não resistiu.
A assalto ao ônibus da linha 77 aconteceu por volta das 6h na Avenida dos Expedicionários. Dois homens em uma motoneta de cor azul pararam próximo ao veículo e apontaram uma arma em direção ao motorista. "Anunciaram o assalto pouco antes do carro parar. Foi uma ação muito rápida. Liberei a catraca porque tinha muita gente, os assaltantes estavam armados e eu não podia deixar os passageiros ali. O carro estava lotado, só tinha trabalhador e estudante", disse o cobrador.
Ainda segundo ele, o suspeito que guiava a moto parecia ser um adolescente. O outro, que estava armado, foi bastante violento e ameaçou atirar. "Eu falei alguma coisa e ele disse que se continuasse falando ia atirar no motorista", contou.
O cobrador, que trabalha em ônibus há 28 anos, afirmou que este foi o terceiro e último assalto que ele presenciou em serviço, pois vai deixar de trabalhar. "Foi o terceiro e o último assalto que sofri, porque vou deixar de trabalhar. Faz 28 anos que trabalho com isso, mas não tenho mais condições. Sou hipertenso, minha família fica muito preocupada. A gente nunca sabe se vai voltar para casa. Não dá mais", lamentou.

Nenhum comentário: