sábado, 21 de dezembro de 2013
Telexfree é alvo de autoridades de mais dois países
A Telexfree, acusada de ser a maior pirâmide financeira do Brasil pelo Ministério Público do Acre, está sob investigação na República Dominicana. No Peru, uma autoridade de supervisão financeira emitiu um alerta informando que a empresa não tem autorização para captar recursos.
As atividades da Telexfree são alvo, há cerca de um mês, da Divisão de Delitos Tecnológicos da Procuradoria Geral da República Dominicana – equivalente ao Ministério Público Federal do Brasil. A suspeita é a mesma que atinge a empresa no Brasil: pirâmide financeira.
“Essa foi a inquietude que chegou até aqui”, afirma o procurador John Henry Reynoso Ramírez, responsável pelo caso. “Estamos fazendo as investigações: de onde vêm? O que produzem? O que vendem?”
O número de pessoas que entraram no negócio — chamados de divulgadores – ainda é desconhecido, mas o analista financeiro e sócio-diretor da Betametrix, Alejandro Fernandez, fala em “dezenas de milhares de pessoas” Ele lembra que o salário mínimo dominicano equivale a aproximadamente US$ 120 – ou menos da metade da adesão mais barata à Telexfree.
“Mas quando a empresa começa a pagar, recebem US$ 120 por semana”, comenta Fernandez, que foi ameaçado por acusar a empresa de ser uma pirâmide financeira.
Para o analista, o alto desemprego entre jovens – em 2012 estava 32% dos 19 a 24 anos, segundo Escritório Nacional de Estatísticas dominicano – combinado com alto acesso à internet tornaram a sociedade dominicana um terreno fértil para o desenvolvimento da empresa.
“E a gente é muito incrédula”, conta Fernandez, que foi ameaçado por um divulgador.
Os advogados da Telexfree não comentaram.
Jornal de Hoje.
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