terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Ortopedistas do maior hospital do RN têm 5 dias para cumprir nova escala.

O Ministério Público do Rio Grande do Norte expediu nesta terça-feira (17) recomendação na qual dá um prazo de 5 dias para que os médicos ortopedistas do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel/Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, em Natal – maior unidade pública de saúde do estado – cumpram integralmente a escala de trabalho publicada no Diário Oficial do RN pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), sob pena de responsabilização administrativa, civil e criminal de cada profissional envolvido.

No último dia 13, a Sesap confirmou que vem enfrentando problemas para garantir o funcionamento do setor de ortopedia depois que quatro profissionais pediram exoneração após o fechamento da escala de plantões do mês e admitiu que o Walfredo pode ficar sem atendimento ortopédico a partir do dia 22 deste mês por falta de profissionais.

“A responsabilização administrativa do servidor infrator não afasta as demais esferas de responsabilidade civil e criminal, decorrentes do prejuízo imputado à população pela incompletude das escalas de trabalho no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel e Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, que implica na descontinuidade na oferta dos serviços de traumato-ortopedia”, diz o documento ministerial.A recomendação, segundo a assessoria de imprensa do MP, é assinada pelo promotor substituto Carlos Henrique Rodrigues da Silva. Ainda de acordo com o Ministério Público, a recomendação considera “uma flagrante ofensa a elaboração e cumprimento de uma escala paralela à escala preparada pela Sesap em função do pedido de exoneração intempestivo de quatro médicos que compunham a equipe”. Para o MP, “essa escala paralela, com três médicos por turno de plantão, implica a insuficiência de profissionais para completar a escala até o final do mês de dezembro, deixando vazios em vários dias de plantão”.

O MP informou ainda que a escala emergencial elaborada pela Sesap e, atualmente descumprida pela equipe de ortopedistas, estabelece a alternância de dois e três ortopedistas por plantão. “Entendemos que a escala ideal é a de três plantonistas, mas essa foi a forma emergencial que encontramos para fechar a escala até o final de dezembro e a população não ficar desassistida a partir do dia 22, por falta de médicos”, afirma Camila Costa, da Coordenadoria de Operações de Hospitais e Unidades de Referência (COHUR), da Sesap.

Camila aproveita a recomendação do MP para reiterar o apelo aos médicos ortopedistas para que entendam as dificuldades do momento e cumpram a nova escala estabelecida pela Secretaria para evitar as medidas administrativas cabíveis à situação.

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