Joaquim Pinheiro
Repórter de Política
O município de Monte das Gameleiras, região Serrana do Estado, distante 115 quilômetros da capital, abriga a mais longeva família comandando a política local há mais de 45 anos. A família Pinheiro. A oligarquia começou com o patriarca, Luiz Teixeira Pinheiro, que indicou os primeiros prefeitos após a emancipação do município que era distrito de Nova Cruz, em 08 de novembro de 1963. Iniciado com o nome de Monte Alegre, o distrito foi emancipado por iniciativa do então deputado Theodorico Bezerra, líder do PSD, que apresentou o projeto na Assembleia Legislativa e teve o apoio do irmão, Aluízio Bezerra, que era deputado federal.
O primeiro prefeito provisório de Monte das Gameleiras foi Sebastião do Carmo, que teve a missão de organizar o município e realizar as eleições municipais. Manoel Valeriano Sobrinho, apoiado pela família Pinheiro, foi eleito em seguida pelo voto popular. Depois de Manoel Valeriano, foi eleito o patriarca Luiz Pinheiro, tendo Pedro Figueiredo como vice-prefeito. Em seguida, voltou Manoel Valeriano, posteriormente renunciou ao mandato e assumiu o cargo, Luiz Victor.
Em 1976, Luiz Pinheiro voltou ao cargo tendo como vice, Pedro Figueiredo, substituído em seguida por Vandi Ernesto de Andrade, um médico importado da Paraíba pela família Pinheiro para dar continuidade ao trabalho iniciado pelo patriarca. O 7º prefeito de Monte das Gameleiras foi Kerginaldo Pinheiro, filho do patriarca Luiz Pinheiro, tendo Bulula como vice. Na época, o prefeito era filiado do PR, partido presidido no Estado pelo empresário Flávio Rocha. Paulo Confessor substituiu Kerginaldo, que voltou ao cargo em seguida para exercer o seu segundo mandato. Foi candidato único no ano de 2.000. A partir daí estabeleceu-se o ciclo de desentendimento e divisão da família Pinheiro, cujos integrantes digladiam-se através de campanhas radicais com acusações pessoais colocando em dúvida a hegemonia política da família no município.
Reginaldo Félix, neto de Luiz Pinheiro, foi o 8º prefeito de Monte das Gameleiras, eleito em 2004, já vivenciando uma mudança de comportamento e atitudes pouco republicanas que poderão por fim a um ciclo vivenciado há mais de 40 anos alternando o Poder, inclusive com pessoas sem sobrenome Pinheiro, mas apoiadas dentro do espectro familiar. Nal teve como vice, Aderi Bernardino. Eleito em 2004, Nal, como é conhecido no município, perdeu a eleição para Edinha Pinheiro, uma jovem com ideais desenvolvimentistas, também neta de Luiz Pinheiro. Na disputa pela reeleição em 2012, Edinha não consequiu êxito e tendo como vice, o tio Kerginaldo, perdeu a eleição para Rodolfo dos Anjos, filho de Nau e bisneto de Luiz Pinheiro.
NOVA UNIÃO
A família tenta se unir para não perder a hegemonia. Atualmente, são pré-candidatos a prefeito, Kerginaldo Pinheiro, vereadora Maria Goreth Pinheiro, Edinha Pinheiro, Sílvio Pinheiro e Luiz Celso Pinheiro. O ex-prefeito Kerginaldo Pinheiro defende um amplo entendimento como forma de dar continuidade ao trabalho iniciado pelo patriarca Luiz Pinheiro há mais de 40 anos. Ele destaca obras realizadas durante todo esse tempo, como telefonia, estradas vicinais, asfaltamento, escolas, postos de saúde, apoio a estudantes e ao homem do campo através de corte de terra e distribuição de sementes.
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