sexta-feira, 30 de maio de 2014

O fino do bode



A síndrome do “pai de chiqueiro” ainda assombra muitos paladares quando o assunto é carne de bode. O receio do cheiro forte e da carne fibrosa  faz com que muita gente ignore os deleites gastronômicos que o caprino pode oferecer. Mas é uma questão de procurar os lugares certos. É possível apreciar a carne de bode (ou cabrito) como se deve: tenra, saborosa, saudável, e bem preparada. A carne de bode ainda perde em popularidade e oferta para a bovina - e mais recentemente para o cordeiro, que está em alta nos cardápios gourmets. Porém que conhece, comprova: é uma das carnes mais saborosas do mercado.

Bode versátil
É possível apreciar a carne de bode (ou cabrito) como se deve: tenra, saborosa, saudável, e bem preparada.

Na Grande Natal, Parnamirim tem a primazia do bode. As  casas mais tradicionais para saborear o caprino estão lá. A churrascaria Bode Sertanejo está há mais de 15 anos na área. Começou em São José de Mipibu, e há nove se mudou para o atual endereço, na entrada de Parnamirim. A proprietária Débora Firmino Brito conta que ela e o marido começaram o negócio no RN trazendo o know-how do sogro, em João Pessoa (PB). A casa já tem um fornecedor potiguar, de Monte Alegre. Oferecer uma carne de qualidade é fundamental nesse ramo.

“É uma carne difícil de ser trabalhada, porque não se acha fácil com a qualidade que queremos. Ela deve ser bem tratada, desde a retirada da lã até a idade do abate. E claro, ainda há o preconceito. Mas pra quem tem ‘medo’ do bode, a gente garante que é só provar uma vez uma vez que não vai se arrepender”, explica. A casa sempre cheia parece ser uma prova disso.

O bode na versão ‘prato completo’ é servido na brasa (R$60) ou guisado (R$55). Acompanha feijão verde ou fava, macaxeira, jerimum, batata doce, vinagrete, farofa brejeira e farinha carioca, e maionese. A degustação continua com o charque de bode na brasa (R$65), picado de bode, e a tradicional buchada (R$52),  acompanhada de pirão, arroz, farofa e vinagrete, que sai apenas aos sábados e domingos. Também há versões petiscos desses pratos. “Podemos servir o cabrito se o cliente quiser, mas a carne é nova de qualquer forma”, afirma  Débora. Ela ressalta que sua clientela é na maioria de Natal.

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