sábado, 31 de maio de 2014

Seturn quer barrar as paralisações

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos (Seturn) protocolou na 10ª Vara do Trabalho de Natal uma ação de Interdito Proibitório em virtude das ameaças de atos de paralisação de motoristas e cobradores da capital potiguar. Agora o Seturn aguarda a apreciação do pedido liminar.  A segunda paralisação surpresa dos rodoviários interrompeu o trânsito no viaduto da Urbana nas Quintas (entre as avenidas Bernardo Vieira e Felizardo Moura) e nos arredores da praça Augusto Severo, na Ribeira.
Joana LimaNa última quinta-feira, rodoviários pararam os ônibus, na Ribeira e Quintas, por três horas bloqueando vias e deixando usuários a péNa última quinta-feira, rodoviários pararam os ônibus, na Ribeira e Quintas, por três horas bloqueando vias e deixando usuários a pé

Para o órgão que representa as empresas de transportes, as paralisações são ilegais pois não são tomadas pela entidade sindical que representa a categoria dos rodoviários. O Seturn entende que a situação desrespeita a Lei 7.783/89, conhecida como a Lei do Direito de Greve e classifica os atos como terroristas contra o sistema de transporte público.

“Nós consideramos esse tipo de paralisação ilegal porque ele não é uma decisão do sindicato. A categoria teria que aprovar a decisão. Se o Sintro quer fazer greve, ele tem que buscar maneiras legais para isso”, explica o diretor jurídico do Setrun, Augusto Valle.

A briga seria política e interna do Sindicato dos Profissionais do Transporte Rodoviário (Sintro), onde um grupo dissidente dos atuais líderes arquiteta as greves e paralisações. O Seturn identificou nove pessoas entre motoristas e cobradores como responsáveis pelas mobilizações que paralisam as atividades dos transportes públicos na cidade. A entidade que representa as empresas de ônibus pretende representar, posteriormente,  estas mesmas pessoas junto ao Ministério Público para que se apure a pratica do crime do art. 262 do Código Penal: Atentado contra a segurança de outro meio de transporte.

“Foi dada entrada nessa ação ontem, às 18h, durante a parada, na 10ª Vara do Trabalho de Natal. O objetivo é evitar que esse tipo de movimento se repita. Além de não querer trabalhar, eles ainda atrapalham o direito de ir e vir das pessoas”, argumenta Valle.

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