sexta-feira, 9 de maio de 2014

Não tem presente melhor', diz anã mãe de trigêmeas em Natal

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Maria Dulcinéia com Maria Eduarda e Maria Helena na enfermaria da Maternidade Januário Cicco, em Natal (Foto: Felipe Gibson/G1)Maria Dulcinéia com Maria Eduarda e Maria Helena na enfermaria da maternidade (Foto: Felipe Gibson/G1)
Mesmo sabendo que vai passar o Dia das Mães na enfermaria da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), em Natal, Maria Dulcinéia da Silva tem certeza que passará o próximo domingo (11) feliz. Mãe de trigêmeas, a anã de 1,20 metro de altura já está na companhia de duas das três filhas, que precisaram ficar internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por serem prematuras. "Não tem presente melhor do que estar ao lado das minhas crianças", afirma
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As filhas Maria Eduarda, Maria Helena e Maria Heloísa nasceram em abril com 29 semanas e cinco dias. Eduarda e Helena já estão com a mãe na enfermaria da maternidade, mas Heloísa continua na UTI. "A previsão é que ela saia em 13 dias", diz Dulcinéia, que está há sete meses na Januário Cicco. "É a vida. Cheguei quando ainda estava grávida. Quero ir embora logo com as meninas", conta a anã.

Quando sair da maternidade, Dulcinéia vai com as trigêmeas para a casa onde mora no bairro Planalto, na zona Oeste de Natal. "Seremos só eu e elas", afirma. A anã vive sozinha e não tem contato com os pais biológicos nem com o casal que a adotou. A gravidez não foi planejada e o pai das crianças a abandonou quando soube da gravidez.

Gravidez de risco
A gestação trigemelar é rara entre anãs, ainda mais quando a mulher engravida de forma natural. Além do fato de Maria Dulcineia esperar trigêmeos, seu nanismo e a idade considerada avançada para ser mãe tornaram a gestação ainda mais arriscada. A ginecologista Patrícia Fonseca explicou na época que a gravidez da paciente era de alto risco porque não havia espaço no ventre dela para os bebês poderem crescer.
Dulcinéia está há sete meses na maternidade, onde chegou ainda grávida (Foto: Felipe Gibson/G1)Dulcinéia está há sete meses na maternidade
(Foto: Felipe Gibson/G1)
Para a anã, foi uma surpresa descobrir que estava gestante de três meninas. "Pensei que o médico estava brincando comigo", conta.

A médica Patrícia Fonseca  explicou que Dulcinéia estava com desconforto respiratório e os bebês deixaram de adquirir peso, por isso o parto foi feito antes do tempo. "Por causa do volume do útero houve diminuição da capacidade de expansão pulmonar materna, que significa que a mãe estava com dificuldades para respirar. Além disso, os bebês deixaram de adquirir peso e foi necessária a intervenção", disse.

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