A Corregedoria da Polícia Civil vai investigar o incidente envolvendo o jovem Henrique Maurício de Souza Lima, de 20 anos, baleado durante a Operação Pitágoras, da Delegacia Especializada em Homicídios (Dehom). A previsão é de que o relatório da operação chegue hoje à Corregedoria da Polícia Civil e comecem as investigações. O estudante e assistente de serviços gerais foi atingido por tiros no pescoço, pé, tórax, abdômen e na mão, segundo o padrasto Francisco Bandeira, de 39 anos. Apesar de ferido por cinco tiros, Henrique não era alvo das investigações policiais. Internado na enfermaria do Hospital Doutor José Pedro Bezerra (Santa Catarina), ele está bem, mas sem previsão de alta.
Emanuel AmaralCápsulas disparadas contra Henrique, atingido por cinco tiros, foram recolhidas por familiares
Segundo a assessoria de imprensa da Delegacia Geral de Polícia Civil (Degepol), ocorreu “uma fatalidade” durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão a serem cumpridos no número 115 da avenida Apucarana, no bairro Potengi, zona Norte de Natal. O local era alvo das investigações que procuravam Danilo de Lima Oliveira, suspeito de envolvimento na morte do professor Luiz Carlos Cruz, dia 31 de março, em São Gonçalo do Amarante.
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O ponto seguinte, o 11º do total de 18, afirma que “o uso da arma de fogo foi proporcional e escalonado, dentro dos ditames legais”. De acordo com a mãe de Henrique, Michele Shirle Santos de Souza, 38 anos, era por volta das 4h quando seu filho saiu de casa, apenas de cueca, para olhar o cachorro, que latia “mais do que o normal, quando passa um gato pelo muro”. Segundo a mãe, ao saber que eram policiais, ele estaria cumprindo a ordem de levantar as mãos quando levou o primeiro tiro, que não soube precisar se foi o que atingiu seu pescoço ou próximo ao ombro. Mesmo com pedidos de socorro teriam vindo os outros disparos.
Quando Michele chegou na porta de casa, policiais mandaram sentar no chão, assim como a mulher de Henrique e as três irmãs dele, de oito, 13 e 16 anos. O padrasto foi colocado no chão e algemado. Familiares estimam em cerca de 40 minutos entre os tiros e o momento em que Henrique foi socorrido por policiais até o Santa Catarina. Antes, uma agente teria pedido um lençol à mãe para estancar o sangue e dito: “a gente fez uma merda. Entramos no lugar errado, na hora errada”.
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