domingo, 17 de agosto de 2014

Em protesto, rodoviários cobram mais segurança


Rodoviários do transporte público de Natal pararam as atividades durante a manhã de ontem, das 7h até às 13h, concentrando os veículos nas proximidades da Praça Augusto Severo, no bairro da Ribeira, e próximo ao cruzamento das avenidas Bernardo Vieira e Prudente de Morais. A manifestação foi provocada pela morte de um motorista da linha 08, São José de Mipibu-Natal, na noite da sexta-feira passada.

Cobrando as autoridades por mais segurança no transporte público, trabalhadores ameaçam uma nova parada para amanhã, dia 18. Na manhã de ontem, o trânsito ficou lento e confuso próximo aos locais onde os ônibus estavam reunidos.
Motoristas param ônibus no início deste sábado (16)


A frota de veículos começou o dia de ontem normal, mas nas primeiras horas o serviço foi interrompido, enchendo as ruas com passageiros que tiveram o trajeto interrompido. A paralisação foi organizada por um grupo de trabalhadores, sem relação com a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário do Estado (Sintro/RN).


Os passageiros precisaram seguir a pé rumo ao trabalho, ou às áreas comerciais. Nas ruas, as opiniões eram diversas e divergentes. Enquanto uns afirmavam que “era melhor nem ter saído da garagem”, outros apoiavam a parada. Cristina Gonçalo, que trabalha como empregada doméstica, é uma das pessoas que tiveram sua viagem de casa para o trabalho interrompidas.

“Estava indo de casa, no bairro Nordeste, para a casa onde eu trabalho, em Cidade Satélite. Minha patroa já tá sabendo da paralisação, agora vou dar um tempo pra ver se volta a passar” (sic), disse.

A consultora de vendas Hevelyne Xavier não conseguiu abrir a loja onde trabalha, em um supermercado em Ponta Negra. “Cheguei às 9h na parada e não estava passando ônibus. Fui para casa para dar um tempo, voltei às 11h e até agora nada”, disse por volta das 11h30. Edna Pereira de Melo, assistente de serviços gerais em uma escola, chegou às 11h na parada da av. Bernardo Vieira próximo à Prudente, mas discorda da paralisação por algumas horas. “Deviam parar um mês inteiro. Quando para só algumas horas só atinge a gente que anda de ônibus. Quando é por mais tempo, atinge mais pessoas e a cidade sente”, avalia.

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